domingo, 22 de novembro de 2015

POETA NÃO SOU  5

NEM SEMPRE

O teu olhar finito 
Longo e profundo.
O mar.
Os teus cabelos
semelhantes a algas
Presos à rocha
Do teu coração sofrido.
O teu seio espetado
Lembra 
O mar ondulado,
Agitado, Zangado 
Com a vida.
O teu rosto sem sorriso, 
Comprometido;
Sem compromisso
Pelas circunstâncias
Da vida desiludido.
Tudo solidão;
Quase tudo desilusão.
Imita o mar
De tempestade passageira.
Imita o mar
Mesmo que não possas 
Mais amar.
Não adianta chorar.
Imita o mar 
Sempre diferente.
Ora bem cheio, 
Ora quase ausente, 
Ora calmo e dolente.
Na manhã nascente
Parece abraçar o sol
Lá longe no horizonte.
Não tem culpa a vida.
Há sempre um renascer.
Não continues desiludida.
Ama a vida alegremente.
Do pôr do sol 
Ao amanhecer
Ama sempre a vida.
JC                           11/2013

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