sábado, 14 de novembro de 2015

POETA NÃO SOU


Nos tempos de Liceu havia o colega Cortesão, que andava sempre a escrever versos.
Isto é, fazia rimar o que escrevia.
A diferença da prosa para a poesia verdadeira era a métrica e a rima. Poucos o fazem agora.
Ficou-me o bichinho da rima.




ENCANTAMENTO

Não preciso de nada.
Nem precisas dar nada.
Tenho tudo.
O azar.
Permitiu o nosso conhecimento.
Feliz acontecimento.
Tenho tudo.
Não preciso licença,
Para admirar o sol,
Sonhar ao luar,
Deliciar-me com o mar.
Beber a beleza duma flor,



Inspirando o seu odor.
Tenho tudo.
Não preciso de licença 
Para amar e amar
Quem me tocou, 
Quem me encantou.
                            10/2013
JC


1 comentário: