terça-feira, 5 de janeiro de 2016

POETA NÃO SOU 19

DA FONTE

Oh fonte dos Amores
Quase 
Corres a meus pés
E te perdes nas marés.
Por Amor 
Nascido da fonte
A mais bela 
História de Amor.
Que maldade 
Fez desviar
A tau água, 
Que regava os campos
De Amor.
Não trazes já 
As gotas, 
Que incendeiam 
O coração.
E o aceleram, 
E o apertam,
E o fazem sonhar.
Tuas águas santas
Ou com feitiço 
foram desviadas
Para a quinta 
De terrenos ácidos;
Quinta das lágrimas.
Já não há Amores.
Secaram com a água.
Apenas lágrimas. 
Lágrimas, que nos queimam
O coração,
Até à morte
De solidão.
Se resta uma gota
Na trança do trigo 
Resta uma esperança 
De um Amor antigo,
Em que morrer 
De Amor
Dá muita felicidade.
Apesar da dor.
JC                                  Dez 2013

2 comentários:

  1. Excelente! Devias publicar os teus poemas.

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  2. Então, caro poeta, as musas estão a dormir?

    Tirando versos do teu poema:

    Descobri que tenho ácido úrico:

    De terrenos ácidos;
    Quinta das lágrimas.
    Se resta uma Gota
    Apesar da dor.

    Abraço

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