quarta-feira, 19 de outubro de 2016

DOGMAS E FALACIAS

OS ACHAMENTOS

As potencias ocidentais europeias, imperialistas e colonialistas, estão a comemorar 500 anos da descoberta e ocupação dos países ultramarinos.
Os espanhois a viagem de colombo, os portugueses, a descoberta do caminho maritimo para a India e os holandeses e ingleses tambem tem alguma coisa  a festejar.
Partindo da capital do reino, Lisboa e seguindo para sul, passado o estreito de gibraltar, ate ao cabo da boa esperança e por aí fora. Foi facil, mais ou menos barato e deu milhões.
Oa paises ocidentais e colonialistas celebram, mas ninguem se lembrou de perguntar aos povos originários aonde chegaram e ocuparam as suas terras, isto é, os que habitavam aquelas terras desconhecidas para os ocidentais, o que acharam e acham das " descobertas " ou achamentos.
Não vale a pena perguntar pois talvez os imperialistas ocidentais ficassem muito envergonhados pelas atrocidades cometidas, em que parecia que os selvagens eram os ocidentais, que invadiram e ocuparam aquelas terras, algumas, autênticos paraisos.
Sempre com a fé e a evangelização por lema e matando se necessário porque não eram pessoas os povos originarios porque não conheciam a fe cristã.
Alguns dos marinheiros e invasores tiveram a coragem de reconhecer que os " indios " ou povos originarios eram tecnicamente e culturalmente, eram mais evoluidos, do que os proprios paises ocidentais.
É que parece , que os ocidentais invasores não descobriram nada ou  " acharam " como dizem sarcasticamente os brasileiros, que o seu país não foi descoberto mas achado. E estão certos.
É que, os navegadores ocidentais, ao chegarem às costas sul americanas estavam convencidos que tinham chegado à India. Um pequeno engano como tantos outros na cultura  e conhecimentos ocidental.
Havia de facto necessidade de expansão para retirar importância ao centro asiático à volta do mediterraneo antes de ser "mare nostrum" e como a história se repete, dizem, um pouco como acontece hoje.
Mediteraneo, mar vermelho e toda a zona limitrofe, onde dominavam os Assirios, os arabes, os fenicios e claro, o grande Egipto.
É do Egipto que vem o desmascaramento das viagens de circumnavegação de África pelos ocidentais, particularmente a coroa portuguesa.
Foi o faraó do Egipto, Neco, muito conhecido no ocidente, quem mandou escavar o canal que vai do Nilo ate ao golfo arabico. Devia ser louco o homem ou com pouca inteligência, como diriam os ocidentais mais cultos.
Quando acabou a escavação, enviou fenicios em barcos, reconhecidos como grandes marinheiros, que navegaram do mar da eritreia e cruzaram o mar ao sul e com a recomendação de no regresso navegarem atraves das colunas de hercules, limite do conhecido ate então, ate chegarem ao mar do lado norte e daí ate ao Egipto e de volta a casa.
Claro que houve logo quem pusesse em causa esta viagem de circumnavegação do continente africano.
Os navegadores sairam do mar vermelho, navegaram pelo do sul - oceano indico, , tornearam africa, ate tomarem a direcção norte e atravessaram o mediterraneo de volta ao egipto. Isto tudo  cinco ou seis seculos antes da nova contagem do tempo.
Este trajecto tem-se tornado verosimel pela informação dada pelos marinheiros fenicios ao descreverem a viagem de circum navegação, feita sempre com o sol à sua direita, quer ao passarem ao longo da costa de Moçambique, quer depois de tornear o corno de africa ao sul, para o lado ocidental de africa, sempre, ao longo do dia com o sol à sua direita.
Não esquecer que naquele tempo se navegava quase sempre com terra à vista , sempre que as condições atmosfericas o permitiam e não empurravam para as caraibas, como veio a acontecer mais tarde com os experimentados marinheiros ocidentais.
Neste sentido os paises costeiros e os seus pescadores conheciam e sabiam navegar ao longo de toda a costa africana, ocidental e oriental.
Então o que descobriu o Sr Vasco da Gama?!
Patriu do promontório de sagres , passou o estreito de gibraltar, passou marrocos, onde já tinhamos feito uma tentativa de ocupação , com mar e ventos conhecidos e navegou sempre com o sol à sua esquerda e com um ou outro marinheiro ou pescador, que já conhecia o mar e as suas manhas  e a maneira de navegar em segurança para sul como bem reconhece Luis Vaz de Camões e alguns historiadores.
O que descobriu o Sr Gama??!! 
Nada, apenas mais um aldrabão a colher frutos que lhe não pertenciam.
19/10/2016
JC







segunda-feira, 17 de outubro de 2016

POETA NÃO SOU 87

CAMINHANDO

Vagueio
Pelas bordas do mundo,
Bem distante e deserto,
Onde não há
Pão nem vinho,
Nem erva daninha,
Nem alma irmã.
Caminho como ébrio,
Caminho,
Como cão,
O melhor amigo,
Abandonado por aquele, 
A quem deu todo o carinho.
Caminho 
Sem destino,
Sem eira nem beira,
Sem orientação,
Sem " estrela cintilante " 
Que me dê orientação,
Que me dê a mão.
Caminhando sem fim
Não tenho flôr,
Não tenho jardim
Para mim.
17/04/2012
JC


POETA NÃO SOU 86

NO PENEDO DA SAUDADE

Quantos sonhos,
Quantas ilusões,
Por ti passaram
Oh penedo,
Que te chamam
De saudade.
Nestes bancos de pedra,
Que os musgos
Cobrem
E escondem,
Anos e anos, 
De sonhos,
Transformados 
Em saudades.
Fui 
Ao penedo da saudade
E debaixo do musgo,
Daquele banco de pedra
Gelado,
Congelei,
Todas as minhas saudades.
14/06
JC


POETA NÃO SOU 85

ETERNAMENTE

Ama-me, devagar,
Para que o tempo,
Pareça, que parou.
Um abraço,
Para que fique consolado,
Por momentos aliviado,
Da solidão.
Uma lagrima
Rebelde, Rola, 
De felicidade,
Na tua boca.
Trocamos beijo
Acre e doce.
Labios
Untados com oleo
Da eternidade.
Deste, gesto nobre,
Um dedal de felicidade.
2002
JC


POETA NÃO SOU 84

COM ESPINHOS

Impecilho 
Sem semente;
Sem sentimento.
Roseira brava
De espinhos afiados,
Espetados,
Profundamente;
E a suplica
De compaixão,
Ninguem a sente.
Sofre, vilão, 
Sem crime, 
A condenação
De uma agonia,
Lenta, sem a razão,
Ou a sensibilidade 
De um perdão.
2/12/2002
JC
POETA NÃO SOU 83 

CINZAS

As cinzas 
Ainda estavam frescas;
Como fresca 
Estava a madrugada.
Ainda se levantava,
De quando em vez,
Uma chispa de fogo,
Qual estrela cintilante.
Estrela quente
Brilhante;
Durante segundos
Bailava no ar,
Como não sabendo 
Onde parar.
Voltou às cinzas
Ainda frescas
E as transformou
Numa chama quente
Chama em torrente
Envolvente
Como a chama do teu Amor
Ausente.
JC

terça-feira, 11 de outubro de 2016

DOGMAS E FALACIAS

O DOGMA " ECONOMIA "

Economia não é nada do que se fala na radio, TV e jornais. Economia pura e simplesmente não existe.
Se lhe chamam " ciência economica " como "ciência" não existe, logo, por maioria de razão, economia, tambem, não existe.
Quando fazem reportagem sobre o que se passa nas bolsas financeiras, mudo logo, porque me irrita falar da evolução da bolsa ou das bolsas: de uma parte delas, apenas, ainda por cima.
Só falam das politicamente comunicaveis ou politicamente correctas.
De entre as várias definições de economia, que se podem ainda encontrar, vou pela negativa, isto é, vou referir as que acho que não definem economia, apesar de o tentarem.
Economia não são o conjunto de normas que determinam a produção e distribuição da riqueza.
A produção é determinada pelo empresário e a sua unica lei é a da procura ou aquilo que mais lhe interessa, as encomendas , o que tem de fabricar para satisfazer as encomendas suficientes para que a fabrica funcione.
Distribuição de riqueza raramente acontece ou porque não há lucros nas empresas ou porque são investidos de imediato, fazendo um jogo contabilistico ou não, para fuga ao pagamento de impostos. Mais ainda.
Logo, os empresários não fazem distribuição de riqueza como deve ser entendida: feitas as contas de deve/haver, sobra uma determinada quantia não necessaria gastar para que a empresa funcione e sera a riqueza que a empresa produzio naquele ano.
O estado, no seu orçamento e nas empresas publicas sobre a sua alçada, tambem poderia e deveria obter riqueza, mas no ultimo meio seculo não me recordo de haver alguma vez distribuição de riqueza: isto é, distribuição a cada contribuinte dos excedentes positivos do orçamento pela boa gestão e eventual boa poupança.
Economia, tambem não é o proveito de se gastar pouco. Isso são as economias de cada um.
Uma coisa tenho quase a certeza: os politicos, não digo governo, tambem não sabem o que é economia e o que deviam ser se fossem minimamente, intelectualmente honestos, era fazerem de economos, porque deviam ser apenas administradores  e não bolseiros - bolseiros aqui significa encher os bolsos ou as carteiras ou enriquecerem sem terem necessidade de jogar na lotaria ou no totoloto.
O termo " economia " - é um papão politico, que encobre a geopolitica, o imperialismo, o capitalismo e o preço do petroleo.
Todas estas materias fazem parte do cientismo da economia como um papão, que se atira para a berlinda, quando as coisas correm mal.
E correm mal porquê - porque todos os anos se elabora um orçamento de estado muito bonito, cheio de nove horas, sem erros. Embora tudo esteja perfeito e os parametros encontrados sejam os possiveis e previsiveis à hora da sua elaboração e fecho.
De repente sobe o petroleo, valor que não foi previsto, pois é o papão da economia.
Os imperialistas lançam mais uma guerra preventiva e uma das armas dos paises pobres e pequenitos é lançar o papão da economia.
A moeda com que se compra e paga o petroleo desvaloriza: a culpa é do papão da economia. Notar que o petroleo é dos poucos produtos cujo preço é fixado nas bolsas.Porque será??!!
Donde se pode concluir, que a economia não tem fundamento e pode considerar-se mais um dogma politico e financeiro, semelhante aos dogmas religiosos.
Uma coisa não entendo. Na execução do OE ( orçamento de estado ) dos paises mais pobres e devido ao papão da economia, que tudo justifica, detectam os economos politicos dos privilegios sem fim, que o OE esta a derrapar e o dinheiro recaudado não vai chegar para as despesas.
Qual a melhor solução. Baixar ou eliminar algumas despesas mais ou menos superfluas, se é que não são quase todas.
Por exemplo: não pagar aos nobres politicos economos durante dois ou tres meses.
Fechar a assembleia da republica das bananas durante meio ano ou mais para assim poupar o dinheiro com a sua manutenção e os custos da criadagem ou nobreza menor.
Reduzir as forças desarmadas- digo desarmadas porque perante as potências com arsenais belicos modernos dá vontade de rir falar em forças  "armadas ". Na guerrilha somos bons, institucional ou não.
Vender os submarinos- não, não é para distribuir o dinheiro pelos economos politicos, mas para abater no OE.
Fechar o banco de portugal e o tribunal de contas, evitando a despesa brutal que fazem. Etc, etc, etc.
Mas o que é que acontece normalmente nas cabeças alumiadas, desculpem, iluminadas dos economos politicos. 
É muito mais facil lançar mais algum imposto do que eliminar algum privilegio, por menor que seja.
Como a "economia" é um monstro papão para tentar assustar o Zé pagode; oh Zé se não te portas bem atiro-te acima, mais uma vez,  o monstro papão da economia.
Zé, pagas e não bufas. Sim Sr ECONOMO. ( duas reverências )
Out 2016
JC




segunda-feira, 10 de outubro de 2016

POETA NÃO SOU  82

PRECE

O templo do Amor,
Abandonado,
Quase destruido,
Esta em lugar
Desconhecido.
Sua deusa,
A do Amor,
Esta desaparecida.
Ninguem lhe 
Faz uma oração.
Ninguem a procura
Com devoção.
Ninguem quer a deusa,
Ninguem quer o Amor.
Oh deusa
Desencanta-me 
O Amor.
Liberta-o da dor.
Dá-lhe Humanidade.
Liberta-o da dor.
Ajuda-me 
A encontrar
O Amor sonhado,
Sempre fugido,
Nunca alcançado.
Lanço-te, oh deusa
Um ramo de flores,
De encantadores 
Odores.
Jul 2015
JC




POETA NÃO SOU 81

REPASTO

Os sonhos 
São desejos,
De sonhos contidos.
O meu sonho,
Apenas um desejo,
Que a vida
Madrasta
Não objectivou.
E sufocou.
És sonho;
Serás desejo.
Não sei onde.
Se para o sonho
Ou o desejo.
Vazio de mim.
Tenho de sonhar.
Ai de ti; Ai de mim.
2014
JC
POETA NÃO SOU 80

LABUTA

Formiguinha sem carreiro,
Mas à carreira.
Formiguinha com labuta,
Procurando, dominar a luta.
Luta pela sobrevivência,
Às vezes sem existência.
Formiguinha, 
Que não para,
Para pensar.
Nem tão pouco, 
Tem tempo para Amar.
Para 
Formiguinha,
Que o mundo
Não vai desabar.
Esquece a ilusão do mundo,
Que como tu,
Tambem não tem existência
E causa demência.
Jun 2015
JC

domingo, 9 de outubro de 2016

POETA NÃO SOU 79

HUMANA FLÁVIA

Não percas, nunca, 
O teu olhar apaixonado:
Pelo marido,
Pela filhota, 
Pelos amigos, 
Pela vida.
A tua personalidade,
Humana e dourada,
A saudade a vai levar.
A saudade a vai trazer.
Não consigo viver,
Sem vos ter por perto.
As cinzas destes versos,
No Penedo da Saudade 
As vou depositar,
Junto
À minha saudade,
Que fica aí, 
A sangrar.
Abr 2015
S.Paulo - Brasil
JC

POETA NÃO SOU 78

TERRA SONHADA

A serra desce,
Ate encontrar o rio.
O rio borbulha,
Um louvor
À vida e ao Amor.
A terra fumega
De alegria,
Lançando vapores 
No dia a dia,
Com odor a enxofre.
Nos vapores elevados
No horizonte
Sobressaem silhuetas
Femininas,
Belas e encantadas.
Levadas pelo vento,
São transformadas
Em mulheres apaixonadas.
Do melhor que a vida tem:
Uma mulher apaixonada.
Mar 2015
S. Pedro do Sul
JC




POETA NÃO SOU 77

ANTES CEGO

Caminhando
De olhos fechados,
Tateando
A ausência.
Como se estivesse 
Sonhando.
Escutando,
Tão perto e tão longe,
O pulsar
De um coração,
Quente, Arrebatador;
De cheirar o odor,
Do suor trabalhando.
Com alegria animado,
De viver o filme,
Dum sorriso enorme
E belo
Como girassol,
Que se abre ao sol.
E corre atras do sol.
Tudo via de olhos fechados
No meu gisassol.
2014
JC
POETA NÃO SOU 76

SONHO ACORDADO

Os olhos abri,
E tudo perdi.
Uma saudade
Com chumbo,
Me levou ao fundo
De mim.
Sonhando.
Sonho acordado
E sem fim.
2014
JC

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

POETA NÃO SOU 75

LA LONGE

Ao longe,
No horizonte azulado,
Reflexo do mar,
Os contornos
De corpo feminino.
Definido, intimo;
Parece acompanhar,
O baile ondulado
Das mansas ondas,
No seu vai e vem
Bailado.
Do mar e teu corpo,
Fico, mareado.
A onda vai e volta.
O teu corpo sai,
E não volta.
Fica o sonho.
Mulher sereia
Não sabe nadar;
Só sabe Amar.
2014
JC
POETA NÃO SOU 74

NÃO FINITO

Dado 
Como morto.
Mas coração 
Ainda bate, 
Levemente, 
Como
Quem chama por ti.
Relatório da autópsia:
Coração despedaçado;
Amores desencontrados.
Causa da morte:
Desconhecida.
Condenado a viver
Leve, levemente,
Chamando por ti.

Condenado a sofrer.
2014
JC



POETA NÃO SOU 73

DESEJO

Deixei a vida 
Ali ao canto;
Um desencanto.
Procurei outra, 
Que me desse,
Algum encanto.
Choquei contigo.
Eras, 
Terias sido, 
Serás sempre,
A amante,
A amada, 
Sempre desejada.
Ainda sorrio,
Ainda me encanto
Com tua beleza
Distante, presente,
Ausente, sonhada.
Acarinhando, ao meu jeito,
Esse Amor sonhado.
Que guardo,
Na bolsa marsopial
Do meu peito.
2014
JC
POETA NÃO SOU 72

OH DEUSES

Meu Amor
Perdi-o.
Não durou 
Um dia.
De madrugada,
Ainda me amava;
Ao luar,
Já nada sabia.
Nem amada,
Nem céu estrelado.
Maldição; maldição;
Maldita maldição.
Deusa Afrodite;
Todos os deuses;
Dai-me uma mão.
2014
JC
POETA NÃO SOU 71 

SEM SONHO

Uns dias 
Cheio de energia;
Outros dias 
Amargurado,
Sem presente,
Nem passado.
Uns dias 
Olhando o futuro, 
Outros dias,
Matando o passado.
Cada dia, 
O sol me inunda
De alegria.
À noite, a lua,
Me cobre
Com seu manto.
Pareço, um anjo
Feito santo.
Mulher de pouca fé,
Acreditaste,
Acreditas
Em deuses, 
Que nunca
Te vão adorar.
Muito menos Amar.
2014
JC



quarta-feira, 5 de outubro de 2016

DOGMAS E FALACIAS

UNIÃO EUROPEIA - COMO QUALQUER DOGMA

À união europeia apresentam-se desafios politicos, institucionais, economicos e financeiros, mas desde a sua criação, tem estado em permanente crise , sem conseguir alcançar as metas a que os sonhadores da União se proposeram no papel ou em teoria.
Parece que uma das maiores enfermidades da união é o virus dos politologos. Tudo se resume à politica e aos privilegios de que esses politicos gozam. Uma afronta aos pobres e famintos.
Podemos dizer, que o comboio europeu arrancou aos solavancos plasmados nos periodos criticos, que a tentativa de construção tem vivido e em que a tentativa de integração é mais uma desintegração, prevendo alguns o fim da união e ate da europa como entidade politica e cultural.
Na união prevalece a desunião e enquanto a torneira dos privilegios continuar aberta não interessa aproximar a igualdade entre todos os estados. Valha-nos a troika, os resgates e os juros galopantes e impagaveis.
A crise financeira, dos paises pobres, é das mais mediaticas, devido ao mal estar criado com a troika e da imposição das suas medidas de austeridade, não havendo uma definição concreta de qual o sistema politico, que gere a união ou onde pretende chegar. Mas nos privilégios não se toca.
Pois que os processos decisórios da união parecem ser uma luta de gatos metidos no mesmo saco: especialistas, grupos de interesse e organizações não governamentais tentam influenciar o processo decisório. E ate conseguem.
Alem  disso, a legislação europeia é de uma tal complexidade e uma teia tão grande, com resultados praticos dificeis de alcançar e a que chamam " Objecto Politico não Identificado " :
Tal teia legislativa parece ser um obstaculo à integração europeia e não um meio para atingir um fim.
Parece no entanto que o unico merito da união foi ter criado uma escola de teoricos, que dissertam sobre a melhor teoria para a união , sem se sair do limbo da teoria abstracta e sem se dar uma unica solução pratica para se avançar e para que a união deixe de prosseguir com varias velocidades. A união esta doente e padece de cientifismo: o neofuncionalismo e o intergovernamentalismo são dois dos exemplos teoricos, cientificamente estudados.
O reino unido já se despediu da união, embora a tal teia legislativa não permita uma separação automatica, mas deverá, estimam, demorar cerca de dez anos. Separação ou união de facto??!!!
A chamada locomotiva da união esfrega as mãos de contente com os ganhos financeiros, só de juros e com os privilegios politicos da chamada " hegemonia germanica " . Pois podera.
A união, infelizmente, tambem é acompanhada por um debate cientifico , que nada acrescenta ao bom viver ou melhor viver e  a que todos aspiram. Teorias apenas sobre a melhor solução teorica, sem quaisquer resultados praticos.
E os cientistas politicos admitem um nucleo funcional de elites politicas e que as elites politicas supranacionais têm um papel central como instigadoras do processo de integração e procuram novas teorias para explicar a abdicação voluntária da soberania nacional para entidades supranacionais. 
As elites, normalmente, não cuidam do bem estar da maioria e como são consideradas elites, nada de misturas ou mais igualdade.
Não esquecer, que qualquer país da união tem direito de veto nas decisões comunitarias invocando o interesse nacional  para o usar.
Claro que os mais fracos e endividados não levantam ou não podem levantar muito a voz ou o veto, porque senão podem ser castigados. Os fundos são suspensos. QUE HORROR.
Na união temos duas realidades ou dois grupos : os mais poderosos, meia duzia, os colonialistas, ainda, ou mais ricos e os outros, que pedincham umas benesses.
A união não tem um objectivo concreto, pois que os politicos burocratas que a dominam, com a preocupação de serem reeleitos  e não perderem o tacho ou tachos, as suas preferencias são instaveis e mudam consoante a orientação ideologica do partido.
Existe uma ruptura latente e constante entre as elites politicas e os cidadãos, encontrando-se a união num estado de emergencia permanente e os eurocépticos são cada vez mais.
Comanda a união a um hipercapitalismo disfarçado de democracia e uma elite hiperpriviligiada e um sem numero de funcionarios burocratas com um estatuto especial de terem um contrato de trabalho vitalicio.
A união ainda sofre do estigma do colonialismo e neocolonialismo, mas no entanto, uma das suas preocupações são a defesa e a segurança. Criam e alimentam guerras, destroem paises soberanos, sem medir as  consequencias  dessas guerras, antes , durante e depois, e uma delas é a dos refugiados, ou melhor, fugitivos da guerra. Ou fogem ou são mortos ou vitimas da selvajaria dos ocupantes.
Os gregos tinham uma deusa Europa, de menor importância , porque consideravam a europa, já naquele tempo, terra de selvagens com quem não conviviam. Uma especie de patio traseiro.
Com o colonialismo muitos naturais dos paises colonizados, vieram para a europa como escravos ou não.
Agora com os refugiados, alguns milhões, dentro de um seculo ou menos, o cidadão europeu já não existe.
E a europa passara a ser uma euroarabia ou uma euroafrica.
E as elites politicas europeias tem consciencia disso?!.Claro que têm , mas não se pode voltar atras  e reimplantar os paises destruidos, mas que economicamente eram mais evoluidos do que a europa.
E assim sendo a europa vai perdendo a sua identidade politica e cultural . Um seculo ou menos e acabou.
A europa esta em estado de coma e não vai recuperar.
05/10/2016
JC