quarta-feira, 5 de outubro de 2016

DOGMAS E FALACIAS

UNIÃO EUROPEIA - COMO QUALQUER DOGMA

À união europeia apresentam-se desafios politicos, institucionais, economicos e financeiros, mas desde a sua criação, tem estado em permanente crise , sem conseguir alcançar as metas a que os sonhadores da União se proposeram no papel ou em teoria.
Parece que uma das maiores enfermidades da união é o virus dos politologos. Tudo se resume à politica e aos privilegios de que esses politicos gozam. Uma afronta aos pobres e famintos.
Podemos dizer, que o comboio europeu arrancou aos solavancos plasmados nos periodos criticos, que a tentativa de construção tem vivido e em que a tentativa de integração é mais uma desintegração, prevendo alguns o fim da união e ate da europa como entidade politica e cultural.
Na união prevalece a desunião e enquanto a torneira dos privilegios continuar aberta não interessa aproximar a igualdade entre todos os estados. Valha-nos a troika, os resgates e os juros galopantes e impagaveis.
A crise financeira, dos paises pobres, é das mais mediaticas, devido ao mal estar criado com a troika e da imposição das suas medidas de austeridade, não havendo uma definição concreta de qual o sistema politico, que gere a união ou onde pretende chegar. Mas nos privilégios não se toca.
Pois que os processos decisórios da união parecem ser uma luta de gatos metidos no mesmo saco: especialistas, grupos de interesse e organizações não governamentais tentam influenciar o processo decisório. E ate conseguem.
Alem  disso, a legislação europeia é de uma tal complexidade e uma teia tão grande, com resultados praticos dificeis de alcançar e a que chamam " Objecto Politico não Identificado " :
Tal teia legislativa parece ser um obstaculo à integração europeia e não um meio para atingir um fim.
Parece no entanto que o unico merito da união foi ter criado uma escola de teoricos, que dissertam sobre a melhor teoria para a união , sem se sair do limbo da teoria abstracta e sem se dar uma unica solução pratica para se avançar e para que a união deixe de prosseguir com varias velocidades. A união esta doente e padece de cientifismo: o neofuncionalismo e o intergovernamentalismo são dois dos exemplos teoricos, cientificamente estudados.
O reino unido já se despediu da união, embora a tal teia legislativa não permita uma separação automatica, mas deverá, estimam, demorar cerca de dez anos. Separação ou união de facto??!!!
A chamada locomotiva da união esfrega as mãos de contente com os ganhos financeiros, só de juros e com os privilegios politicos da chamada " hegemonia germanica " . Pois podera.
A união, infelizmente, tambem é acompanhada por um debate cientifico , que nada acrescenta ao bom viver ou melhor viver e  a que todos aspiram. Teorias apenas sobre a melhor solução teorica, sem quaisquer resultados praticos.
E os cientistas politicos admitem um nucleo funcional de elites politicas e que as elites politicas supranacionais têm um papel central como instigadoras do processo de integração e procuram novas teorias para explicar a abdicação voluntária da soberania nacional para entidades supranacionais. 
As elites, normalmente, não cuidam do bem estar da maioria e como são consideradas elites, nada de misturas ou mais igualdade.
Não esquecer, que qualquer país da união tem direito de veto nas decisões comunitarias invocando o interesse nacional  para o usar.
Claro que os mais fracos e endividados não levantam ou não podem levantar muito a voz ou o veto, porque senão podem ser castigados. Os fundos são suspensos. QUE HORROR.
Na união temos duas realidades ou dois grupos : os mais poderosos, meia duzia, os colonialistas, ainda, ou mais ricos e os outros, que pedincham umas benesses.
A união não tem um objectivo concreto, pois que os politicos burocratas que a dominam, com a preocupação de serem reeleitos  e não perderem o tacho ou tachos, as suas preferencias são instaveis e mudam consoante a orientação ideologica do partido.
Existe uma ruptura latente e constante entre as elites politicas e os cidadãos, encontrando-se a união num estado de emergencia permanente e os eurocépticos são cada vez mais.
Comanda a união a um hipercapitalismo disfarçado de democracia e uma elite hiperpriviligiada e um sem numero de funcionarios burocratas com um estatuto especial de terem um contrato de trabalho vitalicio.
A união ainda sofre do estigma do colonialismo e neocolonialismo, mas no entanto, uma das suas preocupações são a defesa e a segurança. Criam e alimentam guerras, destroem paises soberanos, sem medir as  consequencias  dessas guerras, antes , durante e depois, e uma delas é a dos refugiados, ou melhor, fugitivos da guerra. Ou fogem ou são mortos ou vitimas da selvajaria dos ocupantes.
Os gregos tinham uma deusa Europa, de menor importância , porque consideravam a europa, já naquele tempo, terra de selvagens com quem não conviviam. Uma especie de patio traseiro.
Com o colonialismo muitos naturais dos paises colonizados, vieram para a europa como escravos ou não.
Agora com os refugiados, alguns milhões, dentro de um seculo ou menos, o cidadão europeu já não existe.
E a europa passara a ser uma euroarabia ou uma euroafrica.
E as elites politicas europeias tem consciencia disso?!.Claro que têm , mas não se pode voltar atras  e reimplantar os paises destruidos, mas que economicamente eram mais evoluidos do que a europa.
E assim sendo a europa vai perdendo a sua identidade politica e cultural . Um seculo ou menos e acabou.
A europa esta em estado de coma e não vai recuperar.
05/10/2016
JC







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