terça-feira, 22 de novembro de 2016

POETA NÃO SOU 100

SONHO E SOLIDÃO

Mais um dia
De tortura,
Todos os dias.
No banho,
Minhas mãos ensaboadas
Percorrem o corpo,
Sonhando.
Não é o meu corpo,
Que vão acariciando.
É um corpo sonhado;
É um corpo desejado.
Passam o cabelo
E os ombros arredondados.
O peito são seios
Com laivos de juventude
E bastante formosura.
Eriçados de candura,
Carentes de ternura.
O ventre elegante
Adelgaçado e cativante.
O monte de Venus
Um amor de perfeição.
Herança fiel de Venus
Onde nasce a paixão.
Faltou a água.
Acordei do sonho.
Voltei à solidão.
JC
24/02/2012

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