terça-feira, 15 de novembro de 2016

POETA NÃO SOU 88

FIM

Não sei quem sou, 
Nem tão pouco,
Porque sou.
Esta existência 
Sinistra, 
Como uma vida
E uma desdita,
Apenas feita
De desgosto.
Sem qualquer gosto.
Não me deste vida
Naquele beijo.
Não te dou 
O sol, nem a lua, 
Muito menos uma estrela.
Tu és uma 
Encantadora
E brilhante estrela.
A sombra negra
Da minha vida de desgosto, 
Não me deixa viver,
Do sol posto
Ao amanhecer.
Enterra a esperança.
Não a quero ter.
Deixa-me atormentado,
Morrer.
O meu caixão
Deve ter
A forma do teu coração.
14/05/2012
JC


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