domingo, 29 de maio de 2016

POETA NÃO SOU 31

DA VIDA

A vida
É demasiado curta,
Imensamente curta.
Para sermos
Mal comportados 
Com distinções
Entre diferentes ficções 
Da nossa imaginação.
Medita com fervor.
Não temas.
Ainda não é o amor.
Da vida 
Não faz parte o AMOR.
2013
JC
POETA NÃO SOU  30

NÃO EXISTE 

O templo do Amor
Abandonado,
Quase destruido.
Esta em lugar
Desconhecido.
Sua deusa, 
A do Amor, 
Esta desaparecida.
Ninguem lhe faz
Uma oração.
Ninguem a procura
Com devoção.
Ninguem quer a deusa
Ninguem quer o Amor.
Lanço-te, 
Oh deusa, 
Um ramo de flores
De encantadores 
Odores.
Oh deusa 
Desencanta-me 
O Amor.
Dá-lhe humanidade.
Liberta-o da dor.
Ajuda-me 
A encontrar
O Amor sonhado,
Sempre fugidio,
Nunca alcançado.
17/07/2013
JC


sexta-feira, 6 de maio de 2016

POETA NÃO SOU 29 

SONHO

Passear, viajar, 
falar, conviver, 
Sonhar, conversar;
Amizade, irmandade,
Confidente.
Sonhar, namorar, 
Enamorar; empatia.
Ajudar, acarinhar, 
Aliviar; olhar.
Auxiliar, resolver, 
Compreender, sofrer.
Lagrima, dôr,
Mágoa, agua,
Chover, nevar.
Sorrir, oh sorrir.
Finalmente,
Um agradecimento 
Por sorrir.
Em cada um destes
Estados d'alma
Pode estar minha satisfação.
Se vivido a dois,
A felicidade
Habitará em nossos corações.
JC
Dez 2013

DOGMAS E FALÀCIAS

MILÉNIOS NEGROS II

Reunido o concílio politico ou religioso de Niceia por volta do ano trezentos da nova contagem dos dias,  havia que tentar encontrar nos gentios, um novo conceito religioso.
Da religiosidade ancestral de egipcios, dos persas, dos babilonios, dos romanos, para não referir outros povos que desde tempos imemoriais adoravam os seus deuses.
deuses que eram invocados como auxiliares em todos os aspectos da vida e inclusive as familias tinham os seus deuses familiares, que eram adorados em casa onde cada lar tinha o seu altar ao deus da sua devoção.
Destruida jerusalem e deixando esta de ser ponto de referência e de culto para os judeus, onde íam todos os anos levar as"primicias", ou seja, oferendas do melhor que produziam e que a natureza lhes permitia colher e produzir.
Todos os anos caíam milhares de oferendas em carne e dinheiro. Daí o famoso episodio dos agiotas, que trocavam dinheiro de outros povos, que o templo não aceitava. Faziam o câmbio e enriqueciam rapidamente.
Claro que a classe sacerdotal ficava com a grande maquia, vendendo o resultado das oferendas, sobretudo carne e peles dos animais sacrificados.
Destruida jerusalem os povos que a tinham como referência não deixaram de adorar os seus deuses e quase todos tinham o seu evangelho e os seus lideres religiosos, que seguiam e continuavam com as suas praticas religiosas.
Esta dispersão religiosa não interessava economicamente ao grande capital religioso ou financeiro.
Havia que seleccionar os evangelhos que interessavam e no referido concilio de niceia, houve uma selecção, não baseada em criterios de pura religiosidade e de interesse espiritual mas de interesses politico e economico- ou seja, no interesse do fascismo politico-financeiro e religioso.
Daí os famosos evangelhos apócrifos, que existem, mas que a igreja oficial se recusa a divulgar ou que os fieis o sigam.
Consumado o concilio de Niceia, rapidamente se criou um novo centro de culto à imagem de jerusalem e dos seus rendimentos com o banco ambrosiano, lavagem de dinheiro, paraiso fiscal, em nome da mais genuina e pura fé.
Censurados os evangelhos inconvenientes, os seleccionados deram lugar a uma nova biblia, dita do novo testamento, que no velho não se atreveram a mexer, pois que as religiões do deus unico e criador são pelo menos três.
J.C.
06 / 05/ 2016

quinta-feira, 5 de maio de 2016

POETA NÃO SOU 28

SEM APRENDER

Aprender a viver,
Saber viver, 
Nunca aprendi.
Nunca aprenderei.
Desejos não encontrados.
Sonhos não realizados.
Tudo desfeito
Numa rajada de vento.
Minha alma gemea 
Andou, anda, 
Por caminhos desencontrados.
Não aprender a viver.
Não saber viver.
Sonho de Amor,
Ser Amado,
Não encontrado.
Sobre meu coração

Foi lançada maldição,
Que não me deixa sair 
Da solidão.
Dez 2013 
JC
DOGMAS E FALÁCIAS

MILÉNIOS NEGROS

Por uma decisão politico-religiosa, imperialista e financeira, foi decidido pelas altas instâncias da época, vulgo instituições, alterar o calendário ou melhor a contagem dos dias. Não digo " tempo" porque o tempo não existe.
Então e com a maior das facilidades e de um dia para o outro e por decreto, como convém, passou a fazer-se uma contagem, partindo do zero.
Daí a contagem de hoje de dois mil anos e mais qualquer coisa.
Fazendo crer a todos, mas apenas a uma minoria, de que a partir daquele preciso momento é que era o tempo bom, o tempo novo.
Sobretudo tempo politico e religioso, sendo a " morte " de um tal suposto "cristo" o marco da decisão.
Enterrou-se aquele marco no chão da história e tudo o mais era para esquecer.
Sempre estranhei, que tal leitura e imposição daquela data fosse a melhor, pois não é preciso investigar muito, para entender, que a grande maioria dos povos, conhecidos àquela data do ano zero, duas coisas: que esses povos não aceitaram aquela determinação politico-religiosa e que tão pouco estavam interessados em esquecer toda a sua história milenar, culturalmente, com uma grande riqueza politico-religiosa.
Mas o que justificou ou que acontecimentos envolveram esta tomada de criação do ano zero, que o império Romano ocidental politicamente decidiu, logo apoiado pela casta religiosa sacro-romana.
O primeiro grande acontecimento foi a queda do império romano e a sua divisão em ocidente e oriente. 
A igreja do oriente, também dita ortodoxa, não alinhou neste golpe politico-religioso e manteve as suas instituições e maneira de ver e pensar mais ou menos intactas. As diferenças teológicas eram e são bastantes acentuadas.
A segunda grande causa foi a destruição do templo de Jerusalem por volta do ano 300 já da nova contagem, que não lhe chamo " nova era " .
Os romanos ou o imperio romano sabiam melhor que ninguem os impostos que pagavam e eram recebidos pelo imperio dominante e ocupante com o templo de jerusalem.
Por razões politicas e tentando evitar o desmembramento do imperio e para abafar a revolta instalada em jerusalem pelos judeus, que nunca aceitaram a ocupação da sua terra pelo imperio colonial, os romanos viram-se obrigados a destruir jerusalem para acalmar e castigar os " inimigos " nativos da nação imperial.
Os judeus fugiram por toda a europa e pelo ocidente e alguns dos mais " ilustres " judeus, como o famoso paulo, que já era cidadão romano.
Destruída jerusalem ficava um vazio importante nos cofres  do imperio e havia necessidade de criar uma nova jerusalem.
JC 
05/05/2016