sábado, 27 de agosto de 2016

POETA NÃO SOU 67

ENTARDECER

Pouco tenho,
Para te dar.
Tenho uma flor.
Leva ela
Todo o meu,
Possivel amor.
Não te lamentes,
Nem fiques angustiada.
Não mereço nada.
Sabes,
Que o que quero de ti,
Não me podes dar.
Dar-te-ei muitas flores.
Te daria 
Todo o meu amor.
2013
JC
POETA NÃO SOU 66

COM MEDO

Tenho medo 
Do futuro,
Que não existe.
Tenho medo,
De sonhar,
Que caminho na praia
De narinas prenhes 
De maresia.
Tenho de acordar
E verificar
A dura realidade,
Da distante dfelicidade.
Não tenho medo,
Porque o medo não existe.
Vou sonhando,
Que um dia me encontrarei
Amando, muito amando.
2013
JC

POETA NÃO SOU 65 

JOIA DA ZAHARA

Ai menina dos olhos tristes,
Um amor não encontrado,
Não a deixa viver,
Não a deixa sorrir.
Uma noite,
Um rouxinol encantado,
Ao ouvido lhe veio cantar.
E a fez sonhar.
O seu principe encantado
Já estava a chegar.
O rouxinol lhe deixou
Um feitiço Amoroso.
Para o conseguir 
E o seu amor encontrar,
Da aurora ao entardecer,
Todo o dia devia sorrir
Sem poder esmorecer.
E o seu Amor vai chegar.
2012
JC 
( à guapa de pontevedra)

POETA NÃO SOU 64 

CIUMES

Ciume por não estar,
Por não te ver,
Por não te mimar,
Por não beber 
Teu odor.
Não é ciume.
É ausência.
Mimar teu corpo,
Desnudo,
Nesse lugar de magia, 
Para te amar
De luar e mar.
Teu corpo ainda mais
belo,
Reflexa o luar.
A espuma do mar,
Escorrida no teu corpo
È unguento que lava 
A alma e a dor,
E incendeia o Amor.
Alguem gritou: tá louco
E o levou,
Eternamente apaixonado.
2013
JC




sexta-feira, 19 de agosto de 2016

DOGMAS E FALACIAS

NOVA JERUSALEM

Consumada a criação do novo santuário - Roma, que não com a grandeza imperial dos cesares, havia que levar esta decisão politico-financeira ao mais intimo do Ser Humano e destruir os seus conceitos e crenças religiosas. No fundo a sua " fé " que tambem já a tinham.
Da adoração das divindades, cada uma para cada actividade da vida , ate ao uso de amuletos, talvez mais antigos.
Os amuletos eram objectos portáteis a que supersticiosamente se atribuiam virtudes sobrenaturais, sendo objectos achados na natureza. Os amuletos eram conhecidos e usados por egiptios e judeus.
Ate aos altares familiares, que alguns lares Romanos e não só, tinham em casa, onde pediam boas aventuranças ao suposto deus, dito pagão mais tarde pela igreja católica e em que cada familia acreditava e sobre cujo altar, a familia se reunia e unia.
No fundo tudo tem a ver com o mesmo : O Ser Humano tem necessidade de acreditar em influencias que lhe são estranhas, mas não superiores e havia que destruir toda a crença antiga ou seja, a rotulada crença pagã. Não podia haver concorrência nas ofertas e dadivas para a igreja.
No entanto houve necessidade de criação de locais de culto não só para substituir os antigos mas tambem para haver em cada terra centros de colheita de esmolas e outras dadivas.
Cada população passou a ter uma igreja, capelas e capelinhas publicas onde se podiam assitir aos actos religiosos e serem controladas.Quem não assistia não era boa gente nem digno de ser filho daquele deus.
Forçoso seria de referir os egiptios e os seus conceitos e dogmas religiosos, sempre em favor da vida  e do dia a dia, podendo-se dizer que os egiptios foram a grande escola da " fé " ocidental.
Porque os crentes ocidentais não tiveram uma unica ideia nova. Todos os conceitos dogmaticos já estavam criados e praticados.
Os egiptios ate tiveram um farao monoteista, que devido à oposição que lhe moveram criou uma nova cidade para adorar o seu deus monoteista em que acreditava.Acabou por ser derrotado no seu ideal.
Se os egiptios eram politeistas-acreditavam em varios deuses, salvo a excepção do farao monoteista em que ele acreditava,
O cristianismo ocidental criou um deus monoteista mas com um sequito de santos para todos os gostos e crenças, supostamente, o deus é monoteista mas depois vem a trindade e o filho e os santos e o espirito santo.
Em cada igreja varios altares que os fieis adoram consoante as suas simpatias ou egoismo.
Dos deuses protectores da vida dos egiptios ate aos santos milagreiros do ocidente vai uma diferença abismal, para pior.
Santos da vida e da morte, quase no mesmo compartimento, santos para darem uma boa vida, mais no céu do que na terra.
E para culminar o quadro fantastico, que nem o Harry Potter faria melhor, um deus a quem rezam ladainhas e fazem pedidos e dão oferendas, mas que se esquece completamente do dia a dia básico de cada SER HUMANO.
19/agosto 2016
JC

POETA NÃO SOU 63

O CANTO

Canta, canta a cigarra.
Porque canta a cigarra?
Aquele vulto negro,
Vagueando no vazio,
Dos pés à cabeça,
De negro.
Visão de inferno negro?
Canta, canta a cigarra.
Porque canta a cigarra?
Aquela gente faminta,
Esquelética Pessoa Humana,
Sem semelhantes,
Que estendam a mão,
E ignoram aquela condição.
Canta, canta a cigarra.
Porque canta a cigarra?
Canta a uma voz,
A voz que ouço cantar,
Na imensidão
Do meu silêncio.
Ouço o inferno negro,
E o irmão faminto.
Repicando na minha solidão.
Ai a sua mão, que não a sinto.
2010
JC


POETA NÃO SOU 62

FINAL

Vou partir.
Vais ouvir:
Faleceu.
Não lamentes,
Nem um instante.
Nem uma flor;
Não merece, 
Ser sacrificada.
Não levantes 
Uma cruz,
Para não eternizar
Mau calvário.
Nem uma lágrima.
Levo comigo,
O teu sorriso,
O teu olhar verde.
Levo amores perdidos,
Nenhum achado.
Muitos desencontrados.
Adeus sem despedida,
Sem dor.
Fica embalada,
Com a minha serenata:

Não me trates por amor,
Que me aperta o coração;
Se não sou o teu amor
Não me cries essa ilusão.

Se eu fosse o teu amor
Outra vida viveria
Se eu fosse o teu amor
Noite e dia te amaria.
( com musica )
2013
JC


POETA NÃO SOU 61

A FLOR

Uma flor,
Mesmo com espinhos;
Uma mulher
Mesmo arisca;
Ambas encantam.
Se em botão
Ou ainda bébé
Ainda mais.

Se fosses,
A fonte
Do meu deserto,
Não morreria de sede.
Decerto
E estaria, seguro,
Muito perto 
Das estrelas.
2013
JC

terça-feira, 16 de agosto de 2016

POETA NÃO SOU 60

BELEZA NA SERRA

Flor de urze,
De quem a abelha,
Extrai,
O mais delicado mel.
Tua beleza,
Enamora a serra
E até o luar,
Te ilumina enamorado.
Flor de urze,
Encantas a serra,
E até alivias as cruzes
Dos mal  amados.
Flor de urze,
Com tua beleza,
A serra fica encantada, 
E ate aos mais 
Recônditos barrocos
Ficam de tua beleza, 
Apaixonados.
16Agosto 2016
JC

domingo, 14 de agosto de 2016

DOGMAS E FALÁCIAS

DIVINDADES

Divindade ou divindades - o seu conceito foi-de alterando de acordo com a evolução e actividades humanas, desde as formas mais primitivas, no sentido de antiguidade e não de pouco desenvolvimento tecnico ou mental, das tribos da antiguidade mais remota conhecida, ate aos conceitos dogmaticos das actuais religiões.
As divindades eram consideradas semelhantes aos Seres Humanos e eram invocadas por se acreditar possuirem poderes especiais, sobretudo para controlar a natureza e as diferentes actividades humanas e o seu quotidiano como o nascimento, o tempo, a produção agricola e animal.
A manifestação de uma ideia de divindade surge com o vínculo humano com a terra e com a natureza, os seus ciclos e com a fertilidade humana e animal, muito ante de ter surgido a agricultura ou o cultivo da terra.
As concepções mais antigas, que são conhecidas surgem na Suméria, cultura vedica e Egiptia.
A razão principal da ideia de divindades era a busca de explicações para a existência dos seres e elementos da natureza na tentativa de entender os fenomenos naturais.
Para agradecer às divindades surgiram os rituais, ainda hoje mantidos e sacrificios para agradecer as supostas bençãos.
Tudo ao nivel do pulsar da vida e ao nivel terreno e a falta de explicações para os fenomenos naturais, necessidades ancestrais, que se mantem ainda hoje, e que as religiões aproveitaram para explorar, mas transladando as necessidades humanas e terrenas para o limbo do céu e do espiritismo. O que se passa na terra já não é importante e as necessidades humanas, materiais ou espirituais, ainda menos.
Há que aproveitar as debilidades do Ser Humano para lhe fazer acreditar, que tera a felicidade no céu ou se esta via não resultar, aterrorizando-o com ameaças de inferno e fogo eterno, se não acreditar e se humilhar o suficiente.
As calamidades não explicadas ainda pelo estudo e experimentação eram considerados castigos para o Ser Humano.
A divindade poderia ter sido uma pessoa virtuosa, que pelo seu exemplo era considerada proxima da perfeição e do divino, sem ter nada a ver com deus ou deuses.
Os elementos conhecidos,  considerados fundamentais, eram a terra ou a natureza circundante, o ar, a agua e o fogo. 
O egipto antigo invocava muitas divindades e tinham uma para cada actividade e necessidade como o deus sol, fertilidade, deus da ressurreição, deus dos vivos e dos mortos.
Acreditavam, que os mortos eram julgados e se fosse condenado, a sua alma vagueava por por toda a eternidade.
A alma dos justos eram levadas para o paraiso dos egiptios.
Uma das deusas mais antigas aparecia com um enfeite na cabeça feito de serpentes.
Tinham divindades demoniacas das execuções, sacrificios, do sangue e do vinho.
É interessante notar, que muita da mitologia egiptia foi adoptada pela religião cristã, quase ipsis verbis, mas com uma  diferença fundamental. 
Para os egiptios existia o universo e não o mundo que o deus cristão criou.
Piodão
14Agosto 2016
JC



quinta-feira, 11 de agosto de 2016

POETA NÃO SOU 59

PRA MATAR

O Amor
É, como um rato
Do musgo.
Passa, passa,
E volta a passar.
Ninguem
O quer apanhar.
Todos o querem matar.
Eu também.
2012
JC


POETA NÃO SOU 58

MARAMAR

Olho o mar:
Essa imensidão
Eternamente azul.
Parece quieto,
Mas também inquieto.
Suas longas ondas,
Longas e ternas
Parecem querer acariciar.
A espuma, que deixam
Na praia a borbulhar,
São flores,
Que me quer ofertar.
Parece, que me quer amar.
Olho o seu vai vem.
Olho o seu ondular,
como se me quisesse
Encantar.
Volto as costas.
O meu coração partido,
Cansado de chorar,
Já não é capaz 
De suportar,
Alguem, que o queira amar.
2013
JC
POETA NÃO SOU 57

ATORMENTADO

Teu corpo,
Diamante 
Inacessivel.
Teu corpo, 
Uma miragem
Sem oasis,
Sem sonho.
Teu corpo,
Uma estrela 
Circulante,
Brilhante,
No universo distante.
Teu corpo 
Universo de luz
Brilhante, distante,
Flagelo da min'alma.
Tormento constante.
2013
JC

POETA NÃO SOU 56

COM PICOS

Ai se fosses
A minha almofada, 
O que não te confessava.
Confessaria, 
Que apesar de abraçada,
Nossos corpos
Ainda não estavam ligados.
Confessaria,
Que mesmo sem fronha,
Tocando pele com pele,
Teu corpo
Ainda não espremia mel.
Confessaria,
Que nossos corpos ligados
Não estavam ainda em união.
Ainda não haviamos sonhado
Noutra Constelação.
Mamã, esta almofada tem picos.
2012
JC


domingo, 7 de agosto de 2016

POETA NÃO SOU 55

CLAUSURA 

No convento
Do amor,
Não há paredes,
Nem celas,
Nem altares.
Mas há um sacrificado.
Tudo é invisivel.
Apenas palpavel,
O palpitar
Do meu coração.
Amor cego
Sem compaixão,
Sem religião.
2012
JC.

POETA NÃO SOU 54

SEIOS PUROS

Passa a dorna,
Cumeada de brancas uvas,
Cintilantes, palpitantes,
A cada movimento.
São como seios,
Dourados pelo sol.
Brilhantes de encantamento.
Transforma-se a uva,
Em vinho puro
E são.
Transformam-se os seios,
Em hino à sedução.
O vinho encanta 
Pelo aroma e degostação.
Deixa-no embriagados.
Os seios,
Deleitosos e amados,
Aconchegam a alma.
E aquecem a solidão.
Quando ondulantes,
Cativantes
E levemente desnudados
Admirados são.
Mais que o vinho,
Também teus seios
Me embriagam de sedução.
2/10/1946
JC
POETA NÃO SOU 53

ENCONTRO/DESENCONTRO

atrai-me,
A curiosidade 
Do encontro.
De te encantar,
E frente a frente
Poder disfrutar,
O encanto do teu olhar.
A tua beleza d'alma,
A possivel comunhão,
Do encantamento,
Que nos agita o coração.
Tenho pavor
Medo e horror,
A que após
Tal encontro inibriante,
A inevitavel separação
Me traga grande,
Grande dor
Ao meu pobre coração.
Quero o encontro,
Não quero a separação.
2013
JC
POETA NÃO SOU 52

RETORNO

Volto 
Ao século,
E ele nada me diz.
Tomo apenas um café.
Já não esta lá 
A flor,
Que andava por ali.
Deserto, tristonho,
É o seculo agora.
E o meu sonho,
É que o tempo
Volte para trás.
Mas o tempo 
Para trás não vai voltar.
E só me resta recordar.
E sonhar
Com a flor,
Que já não esta ali.
2012
JC

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

POETA NÃO SOU 51 

PENA MAIOR

Condenado,
Sem apelo nem agravo
Por ter gostado
De uma mulher bela.
É crime 
Deixar-me enlear
No olhar aveludado
Daqueles Olhos a olhar.?!
Eram verdes
Como amoras verdes ? 
Não sei.
Vou meus olhos fechar
E tentar não recordar:
Ai bela, Ai olhar.
2013
JC
POETA NÃO SOU 50

JUVENTUDE

Sinto-me jovem,
Quando saudoso,
Recordo a tua ausência.
E como fico ansioso,
Da tua presença.
Sinto-me jovem,
Quando toco
A valsa tirolesa,
Como se em serenata 
Te fosse cantada.
Sinto-me jovem,
Quando me chamas 
Guloso, guloso,
Ao ver-me sequioso
Por um carinho,
Por um enleio.
Sinto-me jovem
Quando te dás.
Continuo achar,
Não ser merecedor,
E sempre a duvidar.
Não me sinto jovem
Na separação.
Embora longe, vais,
Sempre no meu coração.
2013
JC

POETA NÃO SOU 49 

VOLTAS

Assim como o mundo gira,
E dá tanta volta,
Também, 
A minha vida,
Só faz sentido, 
Se andar à tua volta.
Assim como 
O fruto precisa
Do brilho e calor do sol
Para amadurecer,
Tambem eu
Preciso do brilho e calor 
Do teu olhar
Para não esmorecer.
Assim como 
A lua brilha
Depois do entardecer,
Tambem
Minh'alma resplandece
Quando te pode ver.
Se te dou
Todo o meu Amor
Causa-me grande dôr,
Saber que tanto Amor
Não me podes dar.
Mas... no teu amor
Eu não posso estar.
2013
JC

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

DOGMAS E FALÁCIAS

Finalmente, parece que encontrei uma doutrina com a qual estou bastante de acordo. Lamento só agora ter descoberto os seus conceitos.
Teosofia ou Teosofista, que desejo ser, é uma doutrina mistica e iniciática. Noção primitiva e de caracter abstracto. Cada teosofista possui o seu conceito, ligado a ele próprio e ao que estudou e viveu.
Cada SH tem a sua propria experiencia de vida e da vida.
Nada superior ao Ser Humano. Nada fora do Ser Humano ( SH ).
É o substrato de TODAS as filosofias e religiões. Muito acima delas e muito para alem delas. Posso dizer que sempre senti que as filosofias e religiões com que nos bombardeiam não eram genuinas ou originais. Já tenho a resposta.
Limita-se a propagar conhecimentos voltados ao bem e à elevação espiritual, a que o SH aspira desde a sua nascença.
A doutrina Teosofista  procura o conhecimento do divino e era conhecida no Egipto. Não é por acaso, certamente, que foi uma das civilizações mais longas da humanidade.
É uma declaração nova e diferente de principios , que têm sido reconhecidos e pregados desde a nossa infância como Humanidade ou como prefiro dizer, desde que existe SER HUMANO.
Conhecimento divino de determinada cultura através dos simbolos de cada povo, tribo ou nação. As civilizações mais antigas e conhecidas não se relacionavam com deuses mas com divindades, em tentativas de atingir uma sabedoria divina.
A sabedoria .divina manifesta-se atraves de simbolos, divindades, mitos, alegorias e arquétipos locais, que possibilitam a assimilação dos conceitos divinos através destas roupagens. Divinos no sentido de todo o SH  poder atingir a perfeição .
A teosofia procura uma fraternidade universal, a origem espiritual das formas e dos seres e a unidade de toda a vida. VIDA que é o bem mais precioso e unico,  que o SH possui.
Aponta uma fonte unica e eterna para todo o conhecimento. Recomenda um esforço proprio em busca do crescimento pessoal e uma vigilância constante contra o auto-engano e a fé cega.
Defende diversos estados de consciência em que cada um será capaz de atingir; defende a evolução da vida e do SH, que pode atingir a perfeição.
Somos todos diferentes, todos iguais e cada um segundo as suas capacidades e disponibilidades.
Para a teosofia a fonte de todo o mal é a ignorância e o conhecimento é ilimitado, dependendo das capacidades de cada um na sua aprendizagem, busca  e aperfeiçoamento.
A teosofia é optimista e prevê que todo o SH pode ter um progresso constante e feliz.
"Eles não sabem nem sonham, que o sonho comanda a vida".
A teosofia exalta o bem , a paz, o altruísmo e procura o fim da pobreza, da ignorância, da opressão e das desiguldades. Consequentemente, reconhece niveis diferentes de evolução entre todos os SH como uma escada graduada.
Como digo, não há pessoas mais ou menos inteligentes ( a inteligência não existe ), mas sim, pessoas com mais curiosidade de conhecimento e capacidade de trabalho, sempre com uma alta dose de insatisfação, de preferência.
A teosofia combate ou tenta, cada um deve tentar, combater a forte tendência materialista da ciência. 
Convem sublinhar e manifestar a opinião de que a " ciência " não existe. É apenas uma actividade investigativa, muitas vezes sem saber o que procura e atingindo alguns resultados por acidente.
O caso mais famoso foi a descoberta da penicilina por acidente laboratorial.
O materialismo da " ciencia " estava a esvaziar as instituições religiosas, que continuam a pregar histórias piedosas, mas irracionais.
A teosofia actualizou para o SH conceitos importantes da espiritualidade antiga, que estavam fossilizados pelas sucessivas más interpretações.
Faz uma abordagem lógica, positiva, ética e cientifica da natureza, do divino, do SH, da vida, do misticismo.
Estando no essencial de acordo com a doutrina teosofista ,manifestando já alguma discordância, sobretudo no sentido de que o SH é o centro do universo e nada existe acima dele, nem para além dele.
Devemos aceitar que todas as doutrinas são fruto do trabalho intelectual do SH como ser humano e unico ser pensante. Para a minha classificação existe o SH e os animais. Recuso ser um animal como me classificaram.
E por isso e só por isso o SH se torna melhor, se aperfeiçoa, podendo atingir uma maior ou menor perfeição.
O SH é unico e nada o pode condicionar e deve fazer um esforço diario para não se deixar condicionar ou enganar, o que vai dar ao mesmo.
Desejo como SH ser um teosofista.
Agosto 2016
JC



terça-feira, 2 de agosto de 2016

POETA NÃO SOU 48

PECADOR

A grande estima,
Com que te estimo
É doença genética.
Imaginar loucuras.
Compôr melodias,
Só para te ver feliz.
Incompreendido
Pelo que fiz,
Tenho chaga aberta
No meu peito,
Quando me deito, 
Que não me deixa sossegar.
É pecado este meu jeito
De tentar amar.
De precisar de amar,
E ser amado.
É pecado ??!!
2013
JC

POETA NÃO SOU 47

LÁ LONGE

Sentir-te perto,
Mas tão distante.
Ter-te nos braços, 
Mas sempre ausente.
Estar contigo,
É ver o sol
Através de uma nuvem negra.
Sentir, que se vai
O sol da primavera.
Para ficar 
O escuro da tempestade.
É já longa a espera.
2013
JC


POETA NÃO SOU 46

AVE FERIDA

Teu corpo, 
Oásis encontrado,
Após travessia 
De longo deserto.
Teu corpo,
Satisfação encantada,
De atingir o cume,
De ingreme e serpenteada
Montanha.
Teu corpo,
Ave ferida, magoada,
Que não quer ser tratada.
Teu corpo,
Lago de àguas cálidas,
Reflectindo a luz
Do sol e do luar,
Onde apetece mergulhar.
Teu corpo,
Cascata que esconde,
Disfarçada na escarpa,
O acesso à alma, 
Que me escapa.
2013
JC