quinta-feira, 8 de junho de 2017

MITOS CLONADOS

Por ocidental entenda-se os herdeiros do antigo império romano do ocidente, que por sua vez teve origem no imperio carolingeo.
Os gregos centravam e desenvolveram os modos de pensamento, que assentavam em dois pilares: o raciocinio e o mito, sendo o mito tudo aquilo que dizia respeito à imaginação com uma elevada dose de persuasão, sendo aqui que se criaram as fabulas mais absurdas e mirabulantes, que os gregos criaram e conseguiram divulgar por toda a europa.
Os mitos, fruto da imaginação eram dados e cada um acreditava ou não neles.
Para os gregos as pessoas eram livres de pensar e em questão de fé nenhuma autoridade religiosa a impunha. Poucos pensavam, claro, como hoje.
Não assim com a fé imposta ou tentativa de imposição da fé e seus dogmas pelos criadores politico-religiosos da fé católica apostolica e romana.
Quantos morreram na fogueira por não renegarem aquilo em que  já acreditavam?
Veio da mitologia grega o conceito de barro como material moldavel e a mitologia era semelhante à argila com que os poetas gregos modelavam a seu belprazer mil imagens diversas, modificando-as , adaptando-as, atribuindo-lhes esta ou aquela significação moral de acordo com as suas conveniências ou inventadas por prazer. À medida da imaginação de cada autor.
Como aquela atribuida a Platão da criação dos Seres Humanos em que todos tinham duas cabeças, quatro braços e quatro pernas, com uma força que se tornou temivel.
Para enfraquecer os Seres Humanos dividiram em dois, cada parte ficando autonoma da outra.
E assim nasceu a Humanidade actual. Como ainda hoje tudo fazem, as elites, para enfraquecer o brilhante Ser Humano.
Uma criação sui generis e que nada tem a ver com a criação catolica ocidental da criação do Adão.
E daqui nasce o mito da essencia do Amor, tema bastante glosado, pois que cada metade se sente incompleta e procura desesperadamente a parte que deve completa-la.
Ainda não encontrei a minha metade, mas não perco a esperança.
A mitologia helenica depende de uma função inerente ao espirito Humano- a faculdade de criar realidades imaginarias.
Embora não se confunda coma  religião a mitologia grega esta em estreita relação com a religião.
Com uma pequena diferença: Como já foi dito a mitologia não era imposta, a religião ao contrario é imposta pelas elites religiosas, que a procuram impor a qualquer custo, particularmente a igreja catolica apostolica e romana. Não conheço outra tão severa.
Ou aceitas ter fé ou és ostracizado.
A mitologia tem como caracteristica essencial atrair do divino, os deuses, à terra e abolir toda a distância entre o imortal e o mortal.
Parece que o ocidente romano e papal seguiu o caminho contrario colocando o " seu deus " no céu distante, inexistente, e incompreensivel para alguns, como é o meu caso.
Para os gregos os deuses, no plural, têm uma biografia semelhante aos Seres Humanos.
E não podia ser de outra maneira pois o Ser Humano é o centro do Universo e dele tudo depende e foi, é, criado.
Sejam mitos, fabulas, milagres, profecias, visões, chamamentos, adivinhação, espiritismos, etc. Nada é anterior ao Ser Humano e tudo resulta da sua imensa e brilhante imaginação.
Para os gregos os deuses descerão à terra, misturando-se com os Humanos e encarnarão neles.
No ocidente romano/catolico os Humanos é que sobem ao céu !! para serem julgados pelos " deuses ".
No conjunto dos mitos muitas lendas têm um sabor popular e folclorico.
No entanto todas as lendas , que parecem resultar de uma reflexão sobre ritos ou imagens estranhas à tradição primitiva dos Helenos, que quando chegaram às margens do mediterraneo encontraram divindades e cultos cuja significação não compreenderam.
Havia divindades  comuns a todos os gregos , mas os mitos não tinham um caracter de generalidade, de acordo com as variantes locais, que surgiram aqui e ali.
As alusões às " genealogias divinas " pressupoem a existencia de uma mitologia já constituida relativamente às pessoas divinas e às tradições lendarias em que surgem " Herois" , seres semi-humanos, semi-divinos, que resultam da união de um deus e de um mortal.
Aqui o ocidente tambem andou ao contrario dos gregos e criou o mito da virgem maria e de um " cristo " solteirão e sem familia.
Este ou aquele heroi foram outrora divindades e o seu tumulo tornou-se local de culto e santo.
Aqui a religião romana tambem fez uma copia do já existente.
A mitologia helenica criou varios ciclos como as teogonias ou seja a historia da engendração dos deuses em simultaneo com a da criação, sendo uma ideia que ocorreu aos gregos do exterior, talvez da Àsia menor.
Os vestigios mais antigos parecem pertencer à religião dos conquistadores indo-europeus e contributos pre-helenicos.
Durante o sec. VIII antes da actual contagem dos seculos, recuso dizer nova era, surgiu atraves de um poeta grego a mais celebre das teogonias com influencia do pensamento oriental em que um poema épico relata a historia da criação e das gerações divinas  em que se misturavam divindades oriundas de todos os horizontes conhecidos do " mundo oriental ", deuses arianos levados pelos invasores arianos.
A principio era o caos, o ser em que não há nada de orgânico e que possa ser descrito.
Do vazio aparece a primeira das realidades que começa a dar-lhe um sentido: a terra e não o " mundo " , que não existe.
Dizer que se criou o " mundo " é dizer que se criou uma inexistencia, que os gregos bem esclarecem.
A terra, planeta, é a base segura de tudo o que existe. Surge a divisão orgânica do universo, tal como os Egiptios consideravam, e tambem tomarão lugar os infernos.
Nas proprias origens desta criação surge o Amor como motor universal, que provoca as uniões monstruosas dos principios cosmicos numa imensa dialectica da criação.
O caos, a terra, o ceu, a noite tiveram filhos, principios vitais que animavam a vida.
A religião ocidental oficial romana não acredita na vida pois que os clerigos não podem constituir familia fonte da vida e da perpetuação das gerações.
A criação estende-se ate à terceira geração divina.
Era necessario estabelecer uma ordem oposta ao caos e  as diferentes divindades reflectem no seu labor principios abstractos, que atestam reflexão sobre as condições essenciais.
Esta descrição da criação esta mais de acordo com a experiência  do Ser Humano incluindo a terra, o sol, o mar, o universo o caos e a ordem e os principios essenciais da vida e para a vida.
O Ser Humano como centro do Universo conseguiu ter a imaginação suficiente para com a sua experiencia e necessidades espirituais inventar a criação de tudo o que o rodeava e que ainda não tinha explicação.
Prefiro esta criação à da criação do " mundo " que não existe.

Publico este pequeno texto para tentar mostrar que o ocidente politico religioso não criou absolutamente nada.
08 Jun 2017
JC







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