sexta-feira, 28 de julho de 2017

POETA NÃO SOU 129

APEADEIRO

Esperar.
Apeadeiro do tempo,
À espera,
Que passe, 
Ele, o tempo.
Sem esperança, 
Sem sentido,
O meu tempo 
Perdido,
Em amores
Desencontrados, 
Idos, perdidos,
Falhados.
Nessa ilusão, de 
Fé cega, feita
Maleita, 
Que nos tolhe 
O pensamento
E o sentimento.
Virus ancestral,
Que nos cega
E faz acreditar,
Que tudo é doce.
Que tudo só tem um lado.
O da ilusão
O da miragem.
Que passada a febre
E o delirio
Nos sabe a fel.
Sabor que nunca provei,
Mas de que tenho o gosto
De tamanho desgosto.
Nov 98 JC

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