POETA NÃO SOU 136
SONHO
Queria,
Que minh'alma
Fosse um areal,
De areia fina,
Dourada,
Do tom
Dos teus cabelos,
Enleados,
Onde
Ao passares
Ficasse o teu pé
Gravado.
Onde, deitada,
Ficasse
A silhueta
Do teu corpo
Gravado, qual negativo,
Para que nas horas vazias
Pudesse, em sonhos,
Dar carícias
Ao teu busto,
Às tuas ancas,
À tua cintura fina.
E se molestado
Pelo vento,
Mais violento,
Te protegeria
E cobriria
Com fina pelicula
De areia fina
E leve
Para te proteger
Da intemperie,
Qual unguento
Que não deixasse,
Que qualquer mal
Te acontecesse.
Não sou areia,
Nem unguento.
Olho-te e sonho.
E de não o ser
Me lamento.
Dez 98
JC
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