sábado, 26 de agosto de 2017

POETA NÃO SOU 136

SONHO

Queria,
Que minh'alma
Fosse um areal,
De areia fina, 
Dourada,
Do tom
Dos teus cabelos, 
Enleados,
Onde
Ao passares
Ficasse o teu pé 
Gravado.
Onde, deitada,
Ficasse
A silhueta 
Do teu corpo
Gravado, qual negativo, 
Para que nas horas vazias 
Pudesse, em sonhos,
Dar carícias 
Ao teu busto,
Às tuas ancas,
À tua cintura fina.
E se molestado
Pelo vento,
Mais violento,
Te protegeria
E cobriria 
Com fina pelicula
De areia fina 
E leve
Para te proteger
Da intemperie, 
Qual unguento
Que não deixasse, 
Que qualquer mal
Te acontecesse.
Não sou areia,
Nem unguento.
Olho-te e sonho.
E de não o ser 
Me lamento.
Dez 98 
JC

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