sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

POETA NÃO SOU 155

BALANÇA

Balança 
Posta em sossego
E em equilibrio,
Ao longo da vida 
Fustigada
Por ventos e marés,
Desabridos,
Que soubeste pesar, 
Devolvendo
O equilibrio.
Balança,
Te peço mais uma vez:
Pesa 
Minha magoa
Minha dôr.
Sentimentos ,
Que me desequilibram,
Com os pesos 
Da minha angustia
E da minha desilusão.
Deita-os ao vento,
Para que os leve 
Num só momento.
Para que possa voltar 
A ter o meu equilibrio.
Magoa, por não poder,
Dor, que me faz sofrer,
Por voltar a viver,
Sentimentos ,
Que julgava
Acabados,
Que julgava 
Adormecidos
E encarcerados
E que me voltam 
A atormentar.
Devolve-me o equilibrio
Minha balança,
Porque,
Nada mereço receber.
Nada mais tenho para dar.
AGO 99
JC


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