sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

DOGMA DA " DEMOCRACIA " 178


1789, em frança, pode ter dado inicio à revolução permanente ou melhor, ao aparecimento de revoluções , quase continuas.
Já antes, em 1500, as descobertas marítimas, melhor, os achados marítimos, como muito bem dizem os Brasileiros, tinha alterado as relações sociais e políticas em África e sobretudo na América do sul.
O que deram as descobertas foi, sobretudo, uma desumanização das populações autoctenes, que se encontravam ancestralmente nos territórios achados.
O governo português e espanhol de então tomaram a dianteira e " democraticamente " dividiram o planeta terra em duas partes, uma para cada um.
Os povos achados foram subjugados e doutrinados contra a sua vontade, porque os políticos colonizadores agiam em nome da " democracia".
Daí, em 1789, se ter achado a revolução , que a aristrocacia europeia  não era " democratica ". Começou aí Guantanamo ou os governos de Siria, Iraque e Venezuela, também não são democraticos?????!!!!!
Criou-se o mito e dogma, de que era necessário estar e viver em " democracia", que politicamente, se resume a um carnaval eleitoral, após campanhas pagas pelos contribuinte e interesses instalados, mais ou menos ruidosas, apelando ao depósito do voto e  este é o cerne da dita " democracia ", nem que o voto expresso seja de uma minoria.
Não interessa. É preciso iludir o Zé pagode de que a " democracia" tem que estar representada no poder ou na política.
Uma e outra caminham lado a lado e mentem com todas as letras e com os dentes todos.
Exércitos treinados e equipados e pagos a peso de ouro, a maioria compostos por mercenários são enviados para países dissidentes para abafarem " democraticamente " as contestações ou revoluções locais.
Hoje, desde 1500, é o que se passa em muitos países de África , podendo dizer-se, que se encontram ocupados pelos exércitos europeus e da OTAN.
Querem desfazer-se a qualquer preço  e o mais barato é matar o suposto inimigo, caso dos judeus/palestinianos, da Libia ocupada, da Siria ocupada, do Iraque ocupado, fantasiando os políticos colonizadores um confronto com os residentes, entre influencias anglo-saxónicas e francófonas e seus interesses, mais económicos do que políticos.
Habituados a rapinar e massacrar desde as descobertas não querem largar o osso, sem impor a " democracia ". Não é verdade ALLENDE?!
A maioria dos eclesiásticos comprazem-se no colaboracionismo, quando são demasiados pobres para abortar numa clínica fazem-no discretamente.
O discurso do bobo, que cria raízes na esquerda, enquanto vai surfando na vaga antiliberal, agarrado a uma ordem de coisas, que nunca existiu, numa clara fuga ao real.
A crise cultural não nasce do desenraizamento da gens ou da globalização, mas da incapacidade de um e outro.
O paraíso é a guerra fria vivida do lado " bom ".
Denunciar as injustiças  e as falhas da sociedade política, elitista, é útil, necessário e vital.
Há uma recusa constante em ir ao fundo da experiençia democrática europeia e por isso se encontra submersa no formol e no formal.
Enviar os soldados necessários a oito mil Kms de distancia , a fim de salvar um regime racista , mas amigo, continua a não custar mais que um simples telefonema  e é " democrático ".
É imperioso um regresso à noção de obscenidade , que atinge o próprio cerne da " democracia ". Talvez os coletes amarelos possam dar uma ajuda, não?
É tudo uma questão de visível e invisível, de campo e fora de campo,  de democrático ou anti.
Ignora-se convenientemente , o que fazem os soldados mercenários no coração de outros países ou até de um continente.A partir do momento em que o governo deixa de ser o representante de uma instância  transcendente, deus, a história, a raça ou a nação, entidade dotada de uma essência própria, mas apenas do corpo eleitoral, a natureza da representação muda e implica a dessacralização da relação com a autoridade.
Os palácios da republica conservam uma aura de mistério e de religiosidade, que não os seus ocupantes actuais.
O coração deles tinha as suas razões , que a razão publica tinha por dever ignorar.
Contesto a ideia de domínio privado pois parece contradizer a " democracia ", mesmo que virtual.
Vivemos numa sociedade totalmente situacionista, que tende a auto destruir-se.
Os representantes políticos estão fascinados por lendas políticas e inscrevem-se em dois mil anos de situações situacionista , assim como da história de vários genocídios sem importância.
Não são os feitos, que estão na base da política estrangeira mas a história, os preconceitos, ou a rotina  ( exemplos Ruanda e jugos lávia ).
Opacidade, verticalidade, passadismo e gerontismo continuam a ser as tetas do poder.
Há centenas de pequenos chefes, que dominam a política e as empresas invisíveis e o capital financeiro!.
A experiência e o pronto primam sobre a iniciativa.
Existe um chefe nas comunidades tribais amazónicas mas é destituído de poder.
A sua linguagem é uma anti comunicação, não se pode responder-lhe , mesmo o que se escute.
As sociedades, ditas primitivas, não precisaram de ter conhecido o " estado".
A representação do poder oferece-se a estas sociedades como o próprio meio de o anular.
O poder do rei, ou dos presidentes da republica, nada mais são do que a soma das nossas renuncias.
O estado vem em segundo lugar pois não é nada em si mesmo onde o povo se aliena na imagem da unidade do estado, podendo opor-me a ele, negar a sua  autoridade  e mesmo a sua  existência, sem cair num estado de natureza pré-política.
Ninguém reina inocentemente e sem impor no poder um controlo político/financeiro e mediático permanentes.
Elegemos e voltamos a eleger as marionetas do poder político/financeiro, que ninguém sabe onde mora.
Os partidos  estão reduzidos à mediocridade, a política ultrapassada e o estado aniquilado. Só vale a rapina.
Mas apesar de a história não ter acabado, os políticos quase todos, profissionais e vendidos sentem necessidade da política.
As badaladas ruturas limitam-se a discursos bonitos e o rejuvenescimento, quando anunciado não passa de uma fachada.
Pouco importa que seja este ou aquele a ocupar ( deter ) o poder, desde que seja a favor das elites dominantes.
A revolução dos espíritos transforma o espírito das revoluções : Não é uma revolução, é apenas uma mutação sem genes.
No ocidente ( europa ) parte-se do principio de que a " democracia " , o dogma democrático, é uma coisa adquirida e vivida e a fomentar. É preciso manter a ilusão.
É preciso acreditar e ter fé de que a política do capital financeiro vai levar os desenraizados mais necessitados à igualdade, fraternidade e liberdade, ideias de 1789.
Os desenraizados, vulgo, os mais necessitados, nunca mais voltaram a encontrar as suas raízes, apesar de discutirem e se autodestruirem.
Apesar de todas as pessoas mudarem por diversas vezes o desenraizamento é irrecuperável, atoladas numa sociedade burguesa e capitalista.
Atados às camisolas políticas, sociais e morais, amordaçadas e violadas, ao seu império e guerras coloniais, médio oriente, Àfrica e América do sul, os políticos deixam-se ficar para trás sem recuperar o tempo perdido e o desgaste provocado.A europa esta a cavar  a sua própria sepultura e não pode prosperar. VAI ACABAR.
FEV 2019
JC

  










Sem comentários:

Enviar um comentário