sábado, 26 de dezembro de 2015

POETA NÃO SOU 16

SEM LUGAR 

Fui ao penedo,
Penedo da saudade,
E não consegui 
Lá nada deixar.
Estava repleto de saudade.
A minha saudade
Não teve lá lugar.
Fui ao Mondego lavar
Minha mágoa, minha dor.
O Mondego estava negro
Nada consegui lavar.
Ter de carregar
Minha mágoa, minha saudade;
Tremenda maldição
São tristes e dolorosas de acartar.
Como me faz doer o coração.
JC                                    Dez 203

1 comentário:

  1. Excelente poema. Que as mágoas e as saudades não te tornem num Penedo onde elas já não tenham lugar. Dá mais importância às alegrias da vida. Abraço.

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