terça-feira, 27 de setembro de 2016

DOGMAS E FALACIAS

OS MITOS DOS MITOS

Desde sempre, nos tempos mais remotos, que a arqueologia nos permite conhecer, o SER HUMANO ( S.H. ) era movido pelo medo da fome e pela angustia metafisica do que vem depois da morte, ou melhor, o que vinha com o fim da vida pois que morte não existe. 
É apenas e só mais um mito tenebroso, ai que vem aí a " morte ". Nada mais mitologico e temeroso.
Não entendia então e ainda hoje não entende, que a existência humana tem um príncipio e um fim.Tudo começa com o Sopro da vida e tudo acaba com o ultimo suspiro, isto é, o sopro da vida extingue-se.
Amedrontado e apavorado, muitas vezes, os sacrificios humanos eram o preço a pagar para tentar afastar as forças escuras com que lutar. No seu imaginário o SH criou todos os mitos na sua imaginação como monstros, dragões e gigantes, na tentativa de superar as suas proprias angustias, numa luta incessante contra o impossivel e o desconhecido, surgindo o mito do heroi em todas as civilizações desde a India, Babilonia, Grecia, Suméria e  peninsula italica.
Surgiu, tambem, um mito salvador, como recurso contra o sofrimento humano, já naquela altura.Não esquecer que a mitologia do heroi ou dos deuses, com o seu sequito de sacerdotes e sumo sacerdote ou papa é uma forma de dominação material e sobretudo espiritual.
Os mitos mais antigos, talvez antes dos deuses, criaram um modelo de ideal que foi o heroi- Era necessario combater os monstros, os dragões  e os gigantes para achar o objecto da cobiça ou o calice.
O heroi escolhido tinha como missão uma viagem ao " inferno ", ao além, ao reino dos monstros.
O " inferno" e " o alem " não foram criados por nenhuma religião moderna mas pela mais antiga mitologia. Note-se.
O heroi, com o seu feito de ir ao inferno e voltar, recupera o objecto desejado como caça cósmica, que encarna a vida no mundo. Lembrar que " mundo " tambem é um mito porque " mundo " não existe.
Essa caça no alem tem como objectivo a colheita primordial para a nutrição, para a caça e para evitar a fome. Naquele tempo não havia divida soberana e juros galopantes e as preocupações fundamentais eram outras.
O SH,  dito arcaico e mais antigo impregna-se de " sagrado " para satisfação das necessidades básicas.
E suplica ao mito, à divindade, abundância na caça, na colheita e na fertilidade humana e animal, sendo a arte rupreste considerada um acto religioso e as galerias o local de ritos ou cultos cerimoniais relativos à multiplicação dos animais desejados e à destruição pela magia , dos animais perigosos, pois que, a caça não podia faltar sendo a fome já naquele tempo uma ameaça psicologica. Hoje usa-se mais o milagre e a fome continua a existir.
É necessário recuar à mesopotamia para encontrar o seu heroi, que combate o monstro tiamat, que criou o céu e a terra e tambem o homem.
Combater um monstro para criar um futuro melhor, ordena-lo, reduzir os deuses do caos e estabelecer as condições necessárias para o nascimento do SH.
Marduk é o deus-heroi criador do universo, da Humanidade e que garante a ordem correcta do " mundo ".
Na Suméria o SH cria a cidade estado com a sua sedentarização começando aqui a degradação da vida do SH e o inicio da sua escravização. Deixou de ser caçador-recolector.
O rei da cidade estado vive obcecado pela ideia da morte e parte à procura da planta da imortalidade. Ainda não era conhecido o conceito de " céu ".
Este rei era considerado um semi-deus e talvez por isso  não aceitava a sua finitude ou melhor dizendo, não aceitava o fim da vida.
Na Idade Média o que o SH procurava , algures, era a fonte ou planta da eterna juventude. Não, não era a canabis.
Na nossa( deles )  era ( 2000 anos ) é a negação da morte através de uma vida no céu ou da ilusão da ressurreição.
Desde a magia aos rituais pagãos ou não, o SH vive em constante inquitação e fraqueza de espirito. A magia e os milagres funcionam contra a fraqueza de espirito. O SH, infeliz, necessita de justificação para tudo o que o rodeia, chegando a duvidar da sua propria existência.
Do jardim do Eden o mito encontra-se com a lenda do eterno, do universal e através dos seculos.
Mesmo quando aconselhado a que aproveite a vida, que dia e noite se alegre com tudo, preparando algo prazenteiro e divertido, o SH prefere caminhar na incerteza metafísica, do espiritismo, da magia, do milagre, do que agarrar com as duas mãos a vida. 
A sua propria vida, unica,  e gritar a plenos pulmões : EU SOU EU.
O SH não aceita o decorrer do tempo e as suas metamorfoses naturais e enevitaveis : é mais facil a ilusão do que havera existencia depois do fim da vida ou uma vida eterna ou a ilusão da procura da droga da eterna juventude.
Esta insatisfação psiquica do SH tortura o espirito e a vida e todas as palavras dos rituais podem torturar ainda mais pois nada acontece do sonhado ou rogado. Os templos têm um guardião e os espiritos malignos são os seus guardiões.
Futuro, mundo, imortalidade, juventude eterna são mitos. Mitos do não ser ou negação do ser, logo, negação do mais belo que há- a vida.
O SH não aceita e desdenha da sua condição finita.
O SH não procura a Humanidade , a sua e a do seu semelhante.
Prefere optar por ser e se deixar qualificar como animal. Um ser pensante com atitudes animalescas como fazer a guerra.
Babilonicos, Egiptios, Sumerios, descobriram tudo: a vida material e espiritual ou mitologia.
São importantes e tão pouco se fala deles, para a compreensão dos mitos e rituais do ocidente, principalmente a Europa.
As fontes e culturas dos povos mais antigos, supra referidos, têm uma influência consideravel sobre as religiões pagãs dos gregos, Romanos, dos celtas, dos germanos e do " cristianismo ".
Pouco mais foi descoberto mas apenas aproveitado e com outras roupagens.
Restaurar a harmonia da terra e dos SH só voltando a considerar o jardim do eden, que é a madre terra.
O mundo não existe: é um mito.
A terra existe e sempre foi harmoniosa para todos, que a rejeitam.
O desconhecimento dessa harmonia e o seu desprezo quase total vai acabando com a harmon e tenderá a acabar com a Terra e com a existência Humana - Logo com a vida.

E voltaremos ao caos que os Babilonios e  sumerios com os seus mitos tentaram transformar em VIDA HARMONIOSA.
27/Set/2016
JC








quarta-feira, 14 de setembro de 2016

DOGMAS E FALACIAS

LIBERDADE ESCRAVIZADA

Consultei o dicionário e o seu conceito de liberdade  não me satisfez, parecendo muito alinhado com a orientação social e politico das elites.
Uma primeira definição será o " direito ou condição que o Ser Humano ( SH )tem de dispor de si ", salvaguardando que não se refere ao SH mas à pessoa.
É claro que esta definição só o é a partir do momento em que o SH se liberta das necessidades maternas e parentais e familiares. Sendo inicialmente totalmente dependente nunca pode ser livre ou ter liberdade.
" Pode fazer ou deixar de fazer " -esta condição de liberdade só é viavel na prática, se se conjugar com as quatro condições fundamentais para que o SH se considere livre ou em liberdade- a paz, o pão, a saude e a habitação.
Quatro pilares do viver e conviver sem os quais ou sem qualquer  um deles, se pode falar e considerar ter liberdade.
O poder fazer ou não fazer só funciona na pratica se existirem as tais condições ( 4) basicas. Sem pão ou fonte de rendimento capaz de suportar o dia a dia, não se pode deixar de trabalhar para obter a tal fonte de rendimento, continuando escravo do salário por toda a vida.Escravo sim e não estamos no imperio romano.
Como dizem alguns " o mendigo " é o verdadeiro empresário com plena liberdade - vive do que faz e não paga impostos.
Ou o sem abrigo, que voluntariamente vive debaixo da ponte e espera a solidariedade dos outros, para assim fugir aos condicionalismos das estruturas sociais e politicas, que economicamente o tornam um ESCRAVO.
Escravo de um circulo vicioso de que tem dificuldade em se libertar.
Trabalha para obter fonte de rendimento e grande parte do que ganha vai direitinho para pagar impostos e outras prestações , enquanto os politicos e quejandos vivem faustosamente com parte desses rendimentos pagos pelos escravos da sociedade actual. Logo, a liberdade é uma treta.
Um desempregado nunca pode ser livre. Alem de passar a ser um ser amorfo é um escravo em embrião, sempre pronto a abraçar qualquer aceno de trabalho escravo, por mais mal pago que seja, mergulhando na ilusão de que as coisas vão ser diferentes para melhor.
Curiosa a definição de " liberdade de consciência " - ( Existe ?!) pela sua indefinição gramatical. Liberdade de consciência é singular , portanto dirá respeito a uma unica consciência, a de cada SH; para logo acrescentar " direito de professar as opiniões religiosas ou politicas que se julgarem verdadeiras ".
Deixa de ser a consciência singular a ser considerada e a determinar  o que é verdadeiro ou não, para si,e passa a considerar as opiniões verdadeiras. Quantas e quais as verdadeiras ?!
Parece que há clara intenção de procurar as opiniões dos outros, preestabelecidas, em vez de cada consciência procurar por si o que entende ser melhor para si e segundo a sua consciência, sendo que a consciencia é uma actividade psiquica inerente a cada SH, segunda a sua experiência e vivência.
Logo, não devia ter haver com opiniões mas quando muito com o estudo das varias opiniões.
Mas parece ser facil teorizar sobre Liberdade debaixo de determinado ponto de vista de partida.
Alguns admitem ser a noção de liberdade universalmente indeterminada e a que foi mais desfigurada e deformada.
Tirando os SH recolectores nunca mais houve liberdade. Tambem dizem que foi com a agricultura que o SH perdeu a sua liberdade.
Acho no entanto, que os meus irmãos "indios" da amazónia ainda são livres. Vivem com menos amarras.
Não posso aceitar que o conceito de liberdade tenha a ver com o " cristianismo " . Se não acreditar em deus algum é claro que a minha liberdade tem de ter nascido noutro sitio qualquer ou por outra razão qualquer.
Só pelo facto de ter existência o SH é por natureza da sua realidade absoluta um ser livre e ponto.E só o SH é absoluto. Tudo o mais é relativo.
Continuo a considerar que as instituições - sobretudo politicas não trabalham , nem estão preocupadas com a liberdade de cada SH, seus semelhantes.
Dizem à fome, à desemprego, não tem assistência medica gratuita, etc., - que liberdade pode ter este meu semelhante SH - só com medidas economicas e socais, se pode dizer que se esta preocupado com a liberdade dos outros e de cada um e para que cada SH deixe de ser reduzido a uma insignificância e instrumentalizado ao serviço do poder politico/religioso.
Porque, pretendem os religiosos que a religião liberta-mas oprime ainda mais, atraves de uma tortura psicologica constante.
Desde que nasce com o pecado original ?! ate à morte e o medo do julgamento no inferno, ao medo do pecado e outros medos, que nos torturam toda a vida.
Porque a liberdade não é só fisica mas tambem psicologica - sendo dificil libertar-se das cadeis ferreas dos organismos que dominam o SH- melhor escravizam.
A liberdade do SH é ABSOLUTA embora limitada pelas varias instituições que nos escravizam.
O SH escravizado tem que ser um gladiador para alcançar a liberdade.
Set 2016
JC




quarta-feira, 7 de setembro de 2016

POETA NÃO SOU 70

SEM TEMPO

Anda Andry...
O dia acaba 
De nascer.
Não podemos
Esmorecer.
A caminhada é longa.
Vou para te proteger.
Entre o amanhecer 
E o anoitecer.
Tem a vida 
O tempo 
Do relampejar.
Tempo de tudo.
Pouco tempo para Amar.
2014
JC

POETA NÃO SOU 69

VOANDO

A saudade, 
Me levou,
E me tocou.
Fechei os olhos
E deixei-me levar.
Sem saber donde
E para onde.
De repente
De olhos fechados,
Os odores
Me sufocaram.
As imagens gravadas
Me recordaram
Teus olhos,
Que encantam.
E cativam.
Teus odores 
Gravados
No meu coração.
Não sei se louvar
Se lamentar
A saudade.
Apetece-me morar
No Penedo da Saudade.
Maio 2014
JC
POETA NÃO SOU 68

DA VIDA 

A vida 
É demasiado curta,
Imensamente curta,
Para sermos 
Mal comportados,
Com distinções,
Entre diferentes ficções,
Da nossa imaginação.
Medita com fervor.
Não temas.
Ainda não é o Amor.
Da vida
Não faz parte o Amor.
2013
JC


domingo, 4 de setembro de 2016

DOGMAS E FALACIAS 

UNIVERSALISMO PAGÃO

O imperio Romano tera dado uma lição de Humanismo ao inscrever no seu panteão, todos os cultos da terra - Todos Iguais - Todos Diferentes.
Isto é - no seu barbarismo aceitava todas as crenças existentes no seu Imperio e que cada um quisesse cultivar a sua fé como acto de transcendente  liberdade.
Para o Imperio Romano ( IR) todos os homens eram diferentes mas todos iguais nas suas crenças.
Depostos os idolos pagãos passou a haver uma distinção de poderes politico e religioso.
Uma mistura odiosa que alterou todo o sistema relacional passando agora a todos Diferentes - Todos Iguais.
Todos diferentes porque diversos, mas, por imposição,  todos iguais - Uma só religião para todos, que o estado politico ajudava a impor.
O Imperio Papal da Igreja de Roma tentou, tenta, impor-se, impor, atraves de uma moral que não possui e que muito menos pratica.Se a não possui não a pode praticar, logicamente.
Se o IR respeitava o paganismo, uma religião civica, sem dogmas e nem moral, a igreja papal Romana impôs o cristianismo e o evangelho ou evangelhos que lhe interessavam com a ajuda do estado politico e aproveitando a dimensão relacional do Ser Humano (SH ).
Só que esqueceu que antes de ser relacional o SH é autocêntrico e introspectivo  - pensa e critica.
A primeira relação que o SH conhece é a maternal, ainda umbilical, e familiar.Não tenho que acreditar na tua crença verdade, porque não existe uma verdade absoluta.
Mas existe um Ser Absoluto que é o SER HUMANO.
Actualmente, a religião da igreja papal romana é uma tortura psicologica baseada no medo e no pecado.Tinha razão o Imperio Romano. E tambem não se pode aceitar a negação de todos os principios religiosos, politicos e sociais.O que se deve é discutir se são necessários para a felicidade do SH. Acho que não.
Negar os principios sociais é negar o proprio SH, ser social proeminente.
A defesa desta ideia é mais uma tentativa de desvalorização do SH pela sua aparente falta de convicção ao ser confrontado com as suas duvidas e incertezas, ao verificar que aquela crença não o satisfaz e procura outra ou outras ou nenhuma, normalmente, com forte oposição das elites instaladas e que se consideram previligiadas e predestinadas a dirigir, orientar, guiar os " perdidos ".
Talvez porque o SH nunca se acha satisfeito e por principio não se curva ou humilha perante qualquer autoridade mistica, à qual a sua crença não tenha dado a sua adesão.
Esta maneira de agir e pensar do SH mostra a sua convicção de que qualquer principio deve estar em constante exame de satisfação das suas necessidades espirituais, acabando por perder o respeito a todo e qualquer principio.Menos os da convivencia relacional.
Mas com a sua capacidade superprodigiosa o SH é capaz de criar novos valores, novos ideais, novas crenças, que logo, alguem, maliciosamente, aproveita.
Mais uma vez negando o SH se afirma que a sua existência não tem qualquer sentido e poucos SH conseguem interiorizar essa verdade 
 absoluta- O SER HUMANO É.
O SH é todo acção e é causa de todas as coisas, que estão nele e fora dele.
O SH é o ser supremo e tudo gira na sua existência. 
Sem O SH ou contra o SH nada faz sentido.
Sendo o SH a unica causa, causa pimeira, toda a produção da vida esta contida na sua propria vida de que o SH é o motor ou causa.
O SH é e tem de ser e a sua propria existência é uma certeza e ao mesmo tempo uma essencia- O SH não é coisa nem animal - É ESSENCIA DA HUMANA VIDA.
04/Ago/2016
JC