quinta-feira, 12 de outubro de 2017

O DOGMA DA ECONOMIA CIENTIFICA

Economia é uma ciência. Só agora soube que a minha avó  era uma grande economista, pois era ela que geria toda a economia domestica, em que o maior lema era de que nada se podia desperdiçar, sobretudo o que sobrava das refeições.
Se não era ou já não era aproveitado para mais uma refeição , era aproveitado para os animais domesticos produtivos, que faziam parte da economia domestica.
Então posso concluir como as modernas designações mais pomposas, que a minha avó era uma grande cientista licenciada em ciencia economica domestica ou administração domestica.
Com o sucesso de alguns economistas domesticos, a politica tambem quiz beneficiar dessa vantagem e ao meter-se na economia desgraçou a economia, pelo menos no brilhantismo que alcançou a gestão domestica.
Não se gastava porque não havia dinheiro suficiente e o endividamento estava fora de questão. Não se comprava pela mesma razão.
A " ciencia economica ", que devia levar o país à riqueza e ao engrandecimento acabou por minar as decisões politicas de tal modo se deixou levar pela facilidade do capital, que levou as entidades publicas a endividarem-se com juros altissimos e cuja divida mais capital são impagaveis.
Quando da crise da Grecia um ministro europeu confessou-se arrependido de ter emprestado uma quantia que dava para aumentar o salario minimo para o dobro. Pobre coitado e fraco economista.
Quem acaba por pagar tudo com lingua de palmo, é o pobre do cidadão atraves de cada vez mais impostos, porque os politicos não são atingidos, pois que recebem cada vez mais.É fartar.
O nexo entre gasto individual e equilibrio foi perdido e a politica daquilo que deveria ser foi completamente abandonada.
A sociedade e consequentemente os SERES HUMANOS  ( SH) tornaram-se egoistas com uma cada vez mais acentuada redução do interesse colectivo.
Os que não conseguem ser egoistas pelo individualismo aparecem como parasitas de um sistema que os protege.
A economia cientifica busca explicações, que não soluções, para manter um sistema, que favorece as desigualdades e que ate as considera imanentes e necessarias e em que o SH trabalhador escravo é o que menos conta ou conta apenas como peça absolutamente necessária e ainda não completamente descartavel.
Os autores são coniventes com um estado e um sistema em que nada pode ser alterado para melhor, não procurando soluções diferentes, nem argumentos novos, sobrevalorizando a escola pacificamente aceite do pensamento unico e sem derivações. Isto é, sem possibilidade de dialectica.
Mecanismos do mercado e poder politico andam de mãos dadas, caminhando de mãos dadas, na certeza da exploração do homem pelo homem e do trabalhador escravo, sabendo-se à partida, que o poder politico inteiramente fundado nos mecanismos do mercado, não resolve as desigualdades e pelo contrario as pode aprofundar, sendo o resultado universal das assimetrias do poder, que se geram com base no mercado.
Tudo porque não há democracia mundial mas apenas e só, cada vez mais, mercado mundial.
E se o mercado cria desequilibrios e desigualdades o maior sacrificado é o trabalhador escravo e logo o SH.
Foi feita uma proposta de reformulação dos organismos internacionais ( OMC, FMI, BM, OIT ), numa nova organização mundial de desenvolvimento social, que não obteve acolhimento. 
O social é o que menos conta nas relações de mercado.
Essa reformulação visava colmatar a ausencia de mecanismos de base democratica, legitimos democraticamente e aceites pelas opiniões publicas e respeitadas pelos movimentos sociais.
Mas no fundo e com poder de decisão alguem espreita o passo negativo da dialectica e as teorias de quanto pior melhor ou amantes das sociedades perfeitas.
As propostas alternativas são normalmente utopias a discutir e dos passos a dar para uma realização progressiva.
Existe uma ideologia politicamente correcta fazendo as vezes de pensamento, que a ortodoxia do sistema impõe atraves do pensamento unico, um moderno dogmatismo com pretensões universais dos interesses de um conjunto de forças ditas economicas, que são as do capital internacional apresentadas por alguns lacaios, cuja importância lhes advem das forças diante das quais se agacham.
O dogma paira no ar sob a forma de afirmações constantemente repetidas e marteladas, sem discussão, sem dialectica.
Donde resulta um determinado numero de teses, que exprimem a ideologia das forças dominantes e elitistas em que o economico se sobrepõe ao politico, economia que é liberta do obstaculo social.
O mercado é um idolo de barro, que qualquer Dª Branca, banqueira do povo, derrumba e cuja mão invisivel corrige as disfunções do capitalismo, sobretudo os mercados financeiros e sem rosto.
Pretende-se  menos estado nas actividades lucrativas e cujos investimentos estão concluidos, como foi o caso da E.D.P., com uma arbitragem constante a favor das receitas do capital em detrimento das do trabalho ou seja, do escravo trabalhador.
É constante e assumido o esmagamento do fraco pelo forte e nada se pode contra isso, meu irmão, e teras de te sujeitar, ou melhor, deixar escravizar.
A miseria dos humildes e dos trabalhadores assalariados é o preço da prosperidade geral e a economia cientifica e dogmatica sabe-o perfeitamente.
A logica financeira dita a sua lei ditatorial e tudo corrompe não se admitindo, que outro "modus vivendi" seja possivel.
Esta morta a dialectica. Pode ser que ressuscite milagrosamente e racionalmente.
OUT 2017
JC







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