sexta-feira, 24 de novembro de 2017

UMA FALACIA RELIGIOSA

O latim " paganus " significa camponês, rustico, de onde deriva paganismo, termo normalmente usado para se referir as tradições religiosas politeistas da europa e do norte de africa antes da cristianização.
Antes da cristianização a europa era politeista como quase todos os povos . Com a cristianização esses povos passaram a ser pagãos em oposição ao monoteismo ocidental adoptado com conotações bastante pejorativas de critica à fé tradicional e ancestral de sempre.
Os deuses politeistas  cada um tinha uma identidade propria e eram considerados entidades individuais, com uma personalidade propria e vontade proprias e governando sobre as mais diversas actividades da vida.
Os deuses politeistas eram vistos como muito semelhantes aos humanos.
A história dos Seres Humanos ( SH ) diz-nos que os gregos e os romanos foram os que mais cultivaram a crença nos deuses. 
Havia um grande numero de divindades a que os romanos prestavam culto e a que aliavam os cultos autoctenes dos territórios conquistados.
A politica de conquista romana consistia na assimilação de divindades e culto dos povos conquistados e não a sua erradicação.
Roma promovia a estabilidade entre os diversos povos atraves do apoio às diferentes heranças religiosas, inclusive, construindo templos locais, que passavam a fazer parte da hierarquia da religião romana.
Havia as religiões do misterio, que ofereciam a salvação, não sei de quê, apos a morte e que os romanos viam com desconfiança e como elementos de magia, conspiração e actividade subversiva.
O monoteismo judaico criou dificuldades à politica de tolerância religiosa do imperio romano, havendo varias revoltas entre judeus e romanos.
O cristianismo surgiu na provincia da judeia no sec I da nova era como seita religiosa judaica.
Politicamente correcto o cristianismo tornou-se a religião oficial do imperio romano excluindo todas as outras.
Sectarismo cristão contra a universalidade e humanidade dos deuses e politicas antigas.
A partir do Sec II da nova era os padres da igreja de roma começaram a condenar as restantes praticas religiosas consideradas todas pagãs.
Todos os seguidores de outros cultos eram considerados hereges e os não cristãos estavam sujeitos a ser perseguidos como nunca antes visto.
Uma primeira desavença surgiu entre gentios, não judeus, e seguidores de jesus. Nesta altura ainda se não falava da biblia mas da tora como livro sagrado.
E a questão era saber se os gentios, outros povos não judeus, deveriam ser submetidos às leis de moises, pois defendiam, que jesus de nazare não veio para abolir a tora.
Entre os judeus, mais radicais, muitos nem sequer acreditaram no jesus messias.
Defendiam alguns que a tora não poderia ser imposta aos gentios, porque a " salvação " ?! se daria por intermedio da fé, logo, já não  era preciso cumprir os mandamentos da tora.
A comunidade cristã foi crescendo e inciou o processo de rompimento das suas ligações com o judaismo. No entanto os gentios mantinham algumas das suas praticas ditas pagãs ou melhor, da sua antiga religiosidade, que as tinham.
Começa aqui o sectarismo religioso, que nunca mais parou.
A invasão dessas praticas pagãs, aliada ao prestigio dado à seita dos cristãos pelo imperio romano culminou no desenvolvimento e no surgimento dos principios que originaram o chamado cristianismo, sobretudo quando passou a ser politicamente correcto e reconhecido como religião oficial do imperio romano.
O primeiro concilio de Niceia ( 325 ) da nova era separou definitivamente o agora cristianismo, religião oficial, do judaismo, estabelecendo doutrinas contrarias ao antigo testamento.
Os padres da igreja de roma, como eram designados, nasceu desde o seu inicio com oposição em quase toda a europa ocidental e com essa oposição uma das mais sangrentas desgraças Humanas provocadas pelo sectarismo religioso.
Sectarismo religioso implantado em roma, herdeiro da roma imperial, mas sem sentido humanitario, mas sedento de poder e riquezas e em que os seus lideres ( papas ) se deixavam corronper.
A destruição de Jerusalem em 70 da era nova marcou um antes e um depois da historia religiosa do ocidente europeu e colonial.
As atrocidades cometidas em nome da fé de roma aos que nela não tinham nascido, nem a conheciam, mas que possuiam a sua fe ancestral são incomensuraveis, quer no oriente, quer nas colonias americanas.
Uma das primeiras medidas tomadas pela igreja de roma foi a selecção dos evangelhos mais convenientes e a eliminação de outros evangelhos conhecidos como apocrifos.
Não interessa à igreja de roma o presente nem a plenitude da  satisfação para o SH. Interessam os acontecimentos que hão-de vir, numa visão apocalitica e de terror espiritual, se o pobre do SH não é capaz de dizer amen às doutrinas com as quais não concorda.
Porque o SH pode ser menos letrado mas não é estupido.
Foi criada a ideia espirita de que existe um conflito latente entre o bem e o mal em que as vitimas são a maioria dos SH que não se conseguem libertar desse temor espirita.
A alma é uma ficção do " mundo "virtual da fé e o discurso da fé é um discurso de tortura e sofrimento espiritual, inclusive sendo condenados em vida a sofrer uma segunda morte e explorando ate ao tutano do SH a fraqueza espiritual do SH.
A igreja de roma espera pela fé o dia da destruição final, sem que antes os seus lideres e membros se aproveitem das delicias mundanas em que absolvem e livram do " pecado " por subornos, os seus sacerdotes ensinam por interesse e os seus profetas adivinham por dinheiro.
Para o imperio romano pagão a religião era universal e humanista servindo a todos e aceitando-as todas.
A igreja dos padres de roma é sectaria, elitista e desumanizada.
O primeiro atingido é o SH : " da arvore do conhecimento " não podes comer. O SH tem de ser estupido toda a vida.
Sem familia : os membros da igreja de roma não podem legalmente constituir familia. Um dos primeiros crimes mais horrendo foi entre irmãos.
A virgem maria não teve marido sexualmente capaz.
O paraiso deixou de estar na terra. Passou a estar no acessivel céu.
Os SH deixaram de ser mortais para passarem a ter vida eterna, embora sujeitos a julgamento.
Os SH passaram a nascer com a chaga do pecado original, num ataque frontal espirita à familia.
Mas como " o deus " ama o SH como a nada, permitiu a criação e existencia de " satanás ", expulso para a terra para atormentar os pobres dos SH.
O fim da vida não é referido como um acontecimento tão natural como o nascimento, mas como a " morte " e como não bastasse com a possibilidade de poder ir parar ao " inferno " e aí ficar pelos seculos dos seculos, numa tortura psicologica divina, do nascimento, pecado original, ao fim da vida, direitinho ao inferno.
É uma historia de dominação atraves da mais potente das armas que possui a religião espirita: a tortura psicologica.
Publicado num  periodico no dia 28/11/2017 : " A igreja catolica ( romana, acrescento ) prossegue a sua verve discriminatoria e excludente em pleno sec XXI ".
Uma ultima acerpção da mente demente criadora do espiritismo da falacia religiosa : " a culpada foi a cobra ".
24/DEZ/2017
JC




Sem comentários:

Enviar um comentário