sexta-feira, 5 de outubro de 2018

POETA NÃO SOU 167

SUPER INDIFERENTE

És meu irmão,
Mas és levado 
Para o cadafalso
Da loucura
De alguns humanos,
E eu indiferente.
És meu irmão,
Embora, 
Não tenhamos comido
Da mesma placenta,
E eu indiferente.
És meu irmão,
Cravado 
De desgraças, 
E eu indiferente.
És meu irmão,
Enquanto és 
Violado, assassinado,
Morrendo de fome,
E eu indiferente.
Não me digas irmão,
Que me obrigas
A passar adiante.
Consola-me 
E lava-me a consciência
Dizendo,
Que apenas,
Somos semelhantes.
5OUT2018
JC

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