POETA NÃO SOU 168
DESPEDIDA
Quando sentires,
Que me finei,
Não gemas:
Nem um gemido,
Nem um lamento.
Não maltrates
Nenhuma flor.
Mas canta-me ,
Canta-me em surdina,
Suave, mansinha.
Ainda te ouvirei,
Ainda recordarei:
" Quando eu morrer rosas brancas,
Para mim ninguém as corte,
Quem as não teve na vida
Também as não quer na morte " ( fado Coimbra )
Deixa as flores
E a mim
Em paz.
Na ultima morada
Com a saudade
Da vida vivida.
Eternamente.
Dez2018
JC
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