POETA NÃO SOU 184
FINITUDE
Sentado
Na cadeira do café,
Sinto-me
Em movimento.
O movimento
Tranquilo
Da madre Terra,
E um movimento
Do corpo,
Descendente,
Como se,
Uma força
Puxasse o meu corpo
Para um poço
Sem fundo
E sem salvação,
Que todos alcançarão:
O poço da finitude.
Assim como que,
Uma gravidade negativa,
Que só a mim
Me puxa o corpo
E me faz crer
Na vida finita,
E que me quer
Nesse poço sem fundo:
Da finitude.
Finalmente,
Sinto uma atitude
De me querer,
Nem que seja, a finitude
Da minha vida.
Sinto-me desejado.
Sinto-me Atraído.
Nov 2019
JC
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