sábado, 16 de novembro de 2019

POETA NÃO SOU 184

FINITUDE

Sentado 
Na cadeira do café,
Sinto-me
Em movimento.
O movimento 
Tranquilo
Da madre Terra,
E um movimento
Do corpo,
Descendente,
Como se, 
Uma força 
Puxasse o meu corpo
Para um poço 
Sem fundo 
E sem salvação,
Que todos alcançarão:
O poço da finitude.
Assim como que,
Uma gravidade negativa,
Que só a mim 
Me puxa o corpo
E me faz crer
Na vida finita,
E que me quer 
Nesse poço sem fundo:
Da finitude.
Finalmente,
Sinto uma atitude
De me querer,
Nem que seja, a finitude 
Da minha vida.
Sinto-me desejado.
Sinto-me Atraído.
Nov 2019
JC






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