segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

FALÁCIAS E POLITICOS

1789.Ano da maior das revoluções materialistas da história do SH ( Ser Humano ) e que pouco se discute e pouco se analisa.
Acabaram com o feudalismo, um dos maiores retrocessos da existência do SH e consequentemente a criação de uma escravatura institucional com a revolução industrial.
Mas 1789 teve também um condão libertador dos povos indígenas ou originários, dizem os " cultos " povos bárbaros europeus, da América do Sul, que já eram dominados desde 1500 através das chamadas potências colonialistas, numa reatualização do iluminismo, que contrapôs a era da luz à das trevas.
Claro que com o colonialismo os povos originários da América do sul foram expulsos do paraíso para as trevas do inferno do progresso.
Pretensamente, para os europeus e potências coloniais, os indígenas viveriam nas trevas e sem "alma" católica ou cristã, porque diziam , dizem, que não tinham religião ou não conheciam a única religião verdadeira, logo, não a professavam.
Ora a revolução francesa propiciou a independência dos povos da América como efeito das alterações estruturais da Europa ou fim de algumas monarquias  da Europa colonialistas ( particularmente  espanhola e francesa ) levou a uma guerra de emancipação das colónias espanholas em toda a América do Sul, que viviam no escuro do cativeiro e da servidão à monarquia absoluta e proclamaram a sua independência  e a soberania nacional, que apesar das diversidades de tendências e particularmente de interesses, dirigidas por heróis nacionais arrebatam os povos indígenas ao patamar da liberdade, que tinham perdido ou que lhes tinha sido usurpado e que as nações libertadas procuram uma fisionomia própria própria autentica e em certos aspectos avançada em relação à realidade europeia, pondo-se em dia com as correntes histórico-políticas mundiais.
1500 a 1789, 3 séculos de dominação e obscurantismo, mas em que o fermento da liberdade lançava as sua raízes, para que a América espanhola voltasse a desempenhar um papel importante no palco da história universal.
2019 sustenta uma chamada de consciência dos povos originários realçando a sua personalidade política, social e ideológica.
Têm a sua ideologia e não precisam de ser governados de fora e querem um multilateralismo, que engloba todos e onde cada um terá o seu lugar.
Já se fala da primavera dos povos americanos e respectivas nações   protestando cada vez mais pelo desejo de independência e liberdade.
Esta revolução sul americana em marcha parece mostrar uma vez mais, que as receitas ideológicas e económicas da europa colonial e Barbara estão caducas e os povos a quem se dirigem já não aceitam pacificamente, se é que alguma vez as aceitaram.
Parece que o que se passa agora é a libertação da ditadura governativa dos corruptos governos político partidários, com orientações impostas e idealizadas pelo grande capital.
Mas o que é facto é que a América é que a América do Sul ficou sujeita ao poderio espanhol até aparecer  a Revolução Francesa.
Napoleão é coroado imperador em 1802 e já fervilhavam desejos de liberdade em alguns ilustres sul americanos, que estudam o " mundo" em que se inserem e sobretudo das ideias políticas e económicas.
A intervenção napoleónica, com invasão da Espanha  colonialista leva o rei a abdicar ao trono o que teve como consequência o não reconhecimento da autoridade dos vice-reis, que governavam em nome do monarca, que já não tinha o poder, sendo formadas "juntas " para que governassem em nome de Fernando VII de Espanha.
Paira a ideia de separação de Espanha como passo político a seguir levando à elaboração de uma carta constitucional, que já proclamada e posta em vigor em 1811, surgindo assim as primeiras republicas post monarquia ( Espanha, França ) da barbara europa.
Florescia a ideia de liberdade e de descontentamento em relação à metrópole e a separação política de espanha foi uma realidade.
Os países hispano americanos tiveram que enfrentar uma guerra fratricida contra as potências coloniais da barbara e caduca europa.
Como hoje se verifica apesar da independência e dos governos soberanos as ingerências são flagrantes, como o comprova o golpe de estado e o assassínio de Allende por volta de 1960 e mais recentemente o golpe de estado na Bolívia , do presidente Índio.
A ganancia das potencias colonialistas e Barbaras saquearam ouro e prata e demais riquezas dos povos indígenas, ditos índios e como prémio ofereceram a escravatura e a inquisição.
Os gregos e os Romanos consideravam a Europa daquele tempo para lá das fronteiras da civilização e por isso povos bárbaros, o que  hoje ainda é mais notório.
Mas a gula colonial  e se hoje os povos sul americanos se levantam contra o dito neoliberalismo e contra a governação partidária , pela asia e pela africa a rapina continua e as tropas colonialistas lá estão instaladas, sem convite, para proteger as suas riquezas a que querem dar destino.
Apesar da juventude dos novos países sul americanos nos idos de 1800, já era preocupação dos seus lideres politicos a educação popular e as virtudes do povo e dos magistrados como o mostra, depois da de Cadiz e onde se inspirou, com a instituição muito muito particular de um poder moral.
Muitos dos homens que desempenharam um papel de primeira importância na fundação dos novos países da América latina foram heróis anónimos, civis ou militares,  que contribuíram para encerrar um época e inaugurar outra.
Tal como hoje se luta, também haverá heróis anónimos, que lançam a semente da liberdade e da não aceitação do domínio imposto.
A luta hoje dirige-se à ditadura das politicas partidárias  e esperemos que essa luta corte definitivamente as correntes das grandes  potencias europeias colonialistas e barbaras.
09DEZ2019.
JC 






























































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