POETA NÃO SOU 192

SEM DISTÂNCIA

Não me apetece 
Falar, nem escrever.
No entanto
Converso contigo 
Em silêncio. 
Em sonho, 
Imagino
Os contornos 
Do teu corpo,
Em sonho acordado.
Estamos distantes,
Mas acredito
Na esperança 
De um encontro.
Tal esperança 
Alimenta 
Minha longevidade
E unidos
Numa longa comunhão
Nossos seres encantados
Atravessarão
O universo criador,
No entanto, 
Menor 
Que o nosso Amor.
JUN 2020
JC

POETA NÃO SOU 191

SOZINHOS

Navego 
No mar calmo
E imenso Da indiferença.
Mergulho 
Nas suas profundezas,
E só encontro
Sozinhos.
Os semelhantes
Olham desconfiados
E afastam-se 
Descomprometidos.
Metidos 
Nos seus cacifos
Dourados
Da indiferença
São uns iluminados,
Também sozinhos
No mesmo mar calmo,
Mas menos profundo.
Mai 2020
JC

POETA NÃO SOU 190

CORONADO

Confinado,
Mas contrariado, 
Assim como 
Defunto adiado,
Embrulhado 
Em papel mortalha,
À espera
De uma qualquer decisão
De ressurreição 
Polìticamente correcta
Ou não.
Antes morto morto,
Que nem vivo nem morto.
Antes definitivo,
Do que confinado, contrariado
E adiado.
Em que todos os dias
Parecem dia de finados.
Não preciso de coronas
Para ser empacotado.
Mai 2020
JC

DOGMAS E FALÁCIAS 

O dogma do " comunismo "

Do latim communis - comum, universal, foi uma ideologia sócio economica apresentada pela política para combater e disfarçar a grande vitória da Russia - ou melhor, Republicas Socialistas Soviéticas , na II guerra mundial.

O dito " comunismo " como ideal socio-economico pretende alcançar uma sociedade mais igual, sem classes sociais ou castas, em que a propriedade capitalista passaria a ser uma propriedade de proveito comum para a maioria, sobretudo os assalariados ou escravatura moderna, em que não haveria necessidade de estado  e da sua casta parasitária e acabando com o conceito de propriedade privada.

Uma das preocupações fundamentais do dito " comunismo " seria a melhora do bem estar dos trabalhadores, ditos proletários, em que normalmente só têm de seu a força para trabalhar e ajudar a produzir, mais ou menos, fundamentalmente.

Dizem que o " comunismo " será a etapa final do socialismo , meta a atingir.

Mas como o " comunismo " não existiu e nem existe, a ser a etapa final do socialismo, seria mais lógico voltar a uma sociedade comunitária , como existem ainda alguns resquícios como os terrenos baldios.

A ideia de igualdade sem classes foi já defendida por filosofos , desde a antiguidade , Platão, formulou uma sociedade ideal, baseada na extinção da propriedade privada e da família!, acabando com o conflito entre o estado e o Ser Humano ( SH ).

Alguns religiosos do sec XII e XV pregaram uma convivência Humana de vida simples e a necessidade de uma vida comunitaria onde todos viveriam em igualdade.

Claro que o fim de uma classe opressora e uma oprimida daria e tem dado lugar a lutas fraticidas. Só com as ameaças de alguns governos idealizarem o caminho para o socialismo , logo, a uma maior igualdade, reduzindo as diferenças entre os SH e a sua divisão em classes.

No norte de àfrica foram implementados alguns governos socialistas mas infelizmente o imperialismo capitalista tem matado quase todos os dirigentes como foi o caso da Libia e Irak e outros.

O capitalismo é o primado absoluto do capital sobre o trabalho do SH normalmente escravizado.

Embora o " comunismo " seja um dogma, dos grandes, teoricamente também existe o " comunismo " cristão, forma de " comunismo " religioso baseado no cristianismo em que se sugere , que os ensinamentos de Jesus de Nazaré, vulgo Jesus Cristo, deve levar os cristãos a apoiar o "comunismo", como um sistema social ideal.

Terão sido os primeiros cristãos, incluindo os apostolos, que criaram uma sociedade comunista após a morte de Jesus de Nazaré.

O " comunismo " cristão é uma forma radical do socialismo cristão que será atingido num distante futuro e depois de antes ser substituido o capitalismo pelo socialismo. Claro que para a maioria dos católicos só em teoria, porque na prática odeiam o " comunismo ", que é apenas e só um dogma. Mais um.

As primeiras sociedades Humanas eram comunitaristas  e não " comunistas " , em que não existia propriedade privada e os territórios eram ocupados por tribos e os recursos naturais para a sua sobrevivência eram propriedade comum - comunitária.

Ainda temos algumas aldeias com terrenos baldios - do povo- e rebanhos comunitários, onde cada dono pastoreia consoante as cabeças de gado que possui.

O termo " comunismo " surgiu em 1827, seu autor Robert Owen, Inglês, e aí se desenvolveram os primeiros debates sobre o " comunismo" em que consideravam o capital comum mais benefico do que o capital privado e atacando o sistema de concorrência capitalista , sendo sugerida a criação de comunidades cooperativas , como ainda hoje.

Foi proposto que os patrões e os empregados deveriam acordar uma organização economica mais justa , que priviligiasse o bem estar dos pobres. Já naquele tempo os pobres.Não resultou.

 Consideravam a propriedade privada um ROUBO e uma parte da população como os produtores de riqueza, os assalariados, e uma outra parte usurpadores dessa riqueza, os proprietarios capitalistas, e um dos objectivos desta teoria seria a liberdade dos SH da imposição da propriedade , que é propriedade impossivel e só existe pela força do estado, daí se lutou pelo fim do estado. 

Poderiamos chegar ao comunitarismo de novo com reformas graduais lideradas pelos SH interessados.

Pelo exposto estas teorias post Owen ainda não tinham encontrado Marx , pelo que não foi este o criador da ideia de " comunismo " , mas apenas mais um dos  teorizadores , sendo fácil beber estas ideias e teorias no seu berço - Inglaterra, onde na altura vivia juntamente com Engels. Marx acabou por ser um dissidente do " comunismo " Inglês.

O Korona parece ser " comunista" - veio demonstrar a desnecessidade do estado burocrático e da sua  elite dirigente, que só sugam o dinheiro dos impostos, a maioria pagos pela classe operaria, os escravos modernos.

ABR2020

JC 

DOGMAS E FALÁCIAS

DOGMAS SOLTOS

Vejo a humanidade sofrer em nome de quimeras. Incentivo os Seres Humanos ( SH ) a amarem-se a si mesmos. 

O medo torna-nos surdos à verade.Nenhum devia ter de conquistar o respeito.

O casamento como um sacrifício  do SH para representar o drama doméstico.

Cada dia um caminho de descoberta e de desafio pessoal.

Os dramas emocionais e psicologicos  devoram o amor e a união fracassaram e converter-se-ão num monstro insaciavel, que devora o amor e o converte em mil investimentos e medos.

Para onde foram os SH felizes.

Procuram a liberdade e um amor ilimitado , que só surgem quando o medo se extingue .

Procuramos com a força da vida até que se extinga.

Quando deixei de me sentir amarrado ao passado e aos medos reforçou-se a força da vida, que eu tenho.

Tenho só uma certeza absoluta: A VIDA e aguardo, sem medo, o seu fim.

Libertei-me das crenças bacocas, que tanto me afastavam da minha própria autenticidade.

Não tinha jeito para vender mitos.

O processo consciente de cada um está minado de armadilhas, desvios e alguns sucessos.

Simbolos tão antigos, tão esquecidos e tão afastados do ponto de origem da Humanidade.

Pretensiosos santuários erguidos em honra da matéria e da "morte", cópias toscas de de uma pretensa verdade eterna. 

Também eu sou uma falsificação e um impostor, da linha dos Humanos ignorantes e os seus fantasmas  persistentes, longe do lugar onde os homens se tornam deuses e cada santuário um farol para as almas errantes e os cegos para o mundo infinito.

A transcendência requer uma corajosa alteração de perspectiva interior.E Eu?!

A minha humanidade não precisa da pessoa para além dos limites da realidade fisica.

O maior acto de viver é ter o controlo da história pessoal de si mesmo.

Já não existe nenhuma cidade onde os Humanos se tornavam deuses.

Mas em cada cidade existe um santuário onde os HUmanos  se transformam em demónios.

A autenticidade dos meus sentimentos é o meu pobre legado de SH para SH em prol da Humanidade como fazendo parte do sonho global da Humanidade - a perfeição de cada vez mais SH.

Cada dia me esforço por aperfeiçoar os meus sentimentos  para comigo e para com os outros.

As crenças acabam por ser tiranas, que exigem o sofrimento Humano.

Deuses antigos e deuses novos e porque havemos de nos preocupar com deuses?

O SH nºao precisa de ter fé em deus ou deuses mas apenas ter fé em si mesmo e a fé é a própria vida.

Passamos o tempo a sonhar e sempre em mutação.Sempre a sonhar com a eternidade , essa criatura mágica, SH criador de todas as magias, longe ou perto da realidade e acaba por fundir-se com a propria Terra, sem nada encontrar, embora as suas ambições fossem ilimitadas.
A memória, essa princesa da verdade não deixa fechar a porta da existência e do sentir, tudo gravado nesse disco duro, que é o grandioso cerebro do SH sempre pronto a esclarecer e como, o quando e o porquê.
Só o cerebro do SH é sinónimo de progresso, bem e mal intencionado.
Os SH são os artistas da vida sempre a lutar contra os medos.
Conhecimentos que com tanta frequência provem do pensar do SH. Não se pode desligar, porque as ideias são quase tudo, permitindo a solidão do silêncio ou a xinfrineira.
Nesse silêncio a vida dá-se a conhecer em metamorfoses constantes de vai e volta.
Não nos respeitamos, nem aos outros sem dar conta do mal que fazemos a nós próprios no tentador, que incita ao medo em todas as oportunidades.
Sem consciência da monotonia das vidas do SH, sem amor desmaterializado.
Pretensos governos de desgovernos, HUmanidade crivada de muitos males, muita injustiça e sofrimento do SH., cansado sobretudo por SH detentores de verdades.
Deposita-se fé nas opiniões e nos errores.
Nem sequer sabem se aquilo em que acreditam sobre si mesmos é verdade ou mentira.
Vigiado pela religião o milenar conflito do SH do bem e do mal a lutarem em todas esquinas por todos os  pretextos.
Os SH preocupam-se com as questões do bem e do mal?
Aparentemente sim, mas tanto praticam o bem , como o mal,  um conflito entre a verdade e a mentira.
A minha verdade e a tua mentira, que contamos a nós mesmos.
Só a vida é bem e a sua mensagem viver e deixar viver sem privilégio do conhecimento para servir a mensagem da vida.
Se a verdade existe além da minha verdade ela é um mistério disfarçado de resposta.
O amor é uma palavra corrompida pelo mau uso e pelos desejos egoístas, no palco  do teatro dos SH, vestindo os seus disfarces e as suas mascaras declamando para o anfiteatro tiradas bem ensaiadas a sua verdade, chorando, lamentando, tentando pescar distraídos, que torna tão entusiastas o genero Humano. Um drama consciente esquecendo o só sei que nada sei.
A vida parece um bufete, em que ninguem perde um petisco banqueteando-se com o escandalo, espalhando boatos. Um pequeno incentivo para retirarem as mascaras da hipocrisia, sem nada mudar.
Vidas construídas, pouco vividas, à base de sílabas , sons e forte argamassa das crenças de todos e de cada um, tentando vender ao outro a sua.
Não reconhecem a autoridade suprema das ideias sobre os actos do SH apesar de os SH estarem ligados por palavras, quase sempre mudas.
A vida dos adultos parece uma telenovela a decorrer no cenário de um manicómio sendo finito e frágil, procura com a máxima ansiedade o infinito, sonhos acordados e sonhos adormecidos, de grandeza, de riqueza.
O tempoé a memória de cada um comandado por mentes confusas. Deixa-me viver,deixa-me sonhar, deixa-me discordar, porque o tempo é o dispositivo desesperado de mentes confusas, sem tempo para parar o tempo, que não existe.
Cada um vê o tempo como lhe convém: corrente de acontecimentos de acordo com a memória de cada um.O tempo é um dispositivo desesperado de mentes confusas para quem não tem tempo ou não quer ter tempo.
Sem tempo para nada , nem para a família, mas com tempo para doenças e neuroses.
Não acredito no tempo e não preciso de ou do tempo.Acho que não existe.Necessário apenas como instrumento de dominação.
O tempo é uma ilusão e como tal doloroso para quem se deixa dominar ou é dominado.
Os SH deixam-se levar pelo pensamento, pelas crenças, e por algumas opiniões mais ou menos partilhadas, ditadas pelas elites e os SH pagam um preço muito elevado por acreditarem, que tudo é real e tudo é para seu bem.
O conhecimento  é a personagem principal do drama da história da cada SH, porque não é capaz de descrer e acreditando penas e só na vida, única realidade fundamental.
Uma espécie de carnaval mascarado, onde toda a gente vende e toda agente compra, mentindo a si mesmos como possuindo algo mais do que a vida, quando sabem que andam num inferno de onde não desejam sair.
O SH está viciado em sofrimento e não conseguem deixar de mentir a si mesmos.
Normalmente uma vida de medos agarrados a objectos sagrados, que derramam veneno e o SH não consegue perdoar-se a si mesmo não desafiando todo o sistema  impingido de crenças.
Os sacramentos são instrumentos de tortura psicológica para a consciência do SH e moem, que levam muitos SH a rejeitarem-se a si próprios, " morrendo " gradualmente em cada rendição, num processo de transformação de uma vida inteira de uma existência , que acabou por não entender.
Muitas vezes uma guerra espiritual à beira do abismo psíquico onde muitas vezes se cai.
A guerra de ideias é uma luta ganha por uma minoria e perdida para a maioria.
Nada é realmente bom, mau, certo ou errado. Não há bem aventurados.. O importante é apenas saber ser e viver.
Cada SH não tem opinião sobre si mesmo, mas à sua volta toda a gente a tem, normalmente, péssima.
O SH não se olha a si mesmo e muito dificilmente para o seu interior.Basta-lhe ser um adulto funcional e domesticado , tanto quanto os pais  o treinaram.
Os SH não se amam a si mesmos.
Só um sonho que se pode mudar , que é o nosso com mais ou menos mitologias e dogmas.
A vida do SH pode ser um caos, pois todos argumentam, incomodam, gritam tentando impor verdades sem atender à verdade do SH, seu semelhante. Uma viagem de mal entendidos e distorções, vendo tudo e não acreditando em nada.
Ao SH maltratado, confuso já não lhe restam lágrimas, já não lhe resta uma agonia.
Abandonado e sempre só e sem esperança alguma, já nem ao eu se agarra.
A Humanidade, dos SH, de tantas certezas, acredita cegamente no que lhe vendem os charlatães.
O SH deixa de sentir vontade e necessidade de ser eu, cultivando apenas crenças, politicas e religiosas, graças às sementes das opiniões não depuradas.
O SH não se liberta, quer ficar preso, porque não desenvolve o gosto pela verdade e que poderia mudar a sua verdade.
O sexo é a mior qualidade do SH mas rapidamente é ofuscada  com histórias de culpa e de ressentimento e com o jogo mesquinho dos interesses, que capam a liberdade e aprendem rapidamente a amar condicionalmente .
Amam se amor e sexo sem condições e sem julgamentos não existe.
A conclusão lógica é de que foi uma opção errada.
É lamentável que o poder do SH inclua a capacidade de criar o caos em si mesmo e é vulnerável ao mito de que os outros possuem um poder maior de que o meu.
MAR 2020
JC

POETA NÃO SOU 189

REFLEXO

Olha-me nos olhos
E procura
No brilho deles
O espelho mágico.
Fecha os olhos
E introspectiva-te.
Descontrai-te
E diz-me o que sentes.
Nada?
Serás um ninguém?!
Um corpo
Viajante
Em pipa vazia,
Qual nave espacial
Num vaivém constante,
Sem encontrar
Universos.
No teu semblante 
Um corpo vazio
Um ninguém
Sem aqui nem além.
MAR 2020
JC

DOGMAS E FALÁCIAS

O SUPERLATIVO DOS DOGMAS

Não há história. Há historias de cada um, desde os primórdios do herói salvador e povoador até aos dias de hoje, dos actores políticos e religiosos e cada vez mais oportunistas.

A história é um somatório de vivências  do Ser Humano ( SH )ao longo da sua atribulada existência.

No centro de todas as histórias, o SH, criador de todas as ideias, sobretudo as espirituais.

A sua, do SH, capacidade criadora é incomensorável.

O SH é um ser incriado e o unico ser criador. Ideias brilhantes, normalmente e outras nem tanto.

Há aspectos da vida que o SH não disputa e não lidera, permitindo que outros o façam, aproveitando-se.

O SH tem necessidade intrinseca de que algum dos seus pares agarre o processo de liderança e em que os casos mais flagrantes são a politica e a religião.

O SH é um ser, macho e fêmea, incriado e a humanidade é o fruto da sua procriação.

Os relatos, vários, da criação por deuses não são desta opinião, pois que, na biblia, foi criado o homem.

O deus não criou nada, porque o " homem " não existe nem é sinonimo de SH.

O que de facto existe é o SH Macho e o SH fêmea ou SH do sexo masculino e feminino.

Conforme a crença de cada um podem levantar-se estandartes , pois que as questões dogmaticas, por mais infaliveis que se queiram considerar não evitam as disputas religiosas, e de que normalmente o SH é vitima e muitas vezes mortal.

Condenado a morrer na fogueira, lembram-se.

Quando não é mortal é vitima de uma disputa dogmatica , que normalmente não entende e que o torna uma vitima das disputas e afirmações dogmaticas, que levam o SH à tortura psicologica.

O SH é espiritualmente frágil e daí a necessidade de encontrar uma cura na religião, que com a sua dependência psicológica o levam à tortura psicológica.

Os dogmas inexplicaveis e incompreendidos tornam o SH, na sua procura da felicidade, dependente e tolhido pelos medos que os dogmas religiosos lhe inculcam.

O medo do inferno, a tortura psicologica do pecado, incluindo o original, mas o maior dos medos será o medo inculcado da morte: quando a " morte " não existe. O que existe é o fim da vida e esse fim da vida acontece tão natural como o nascimento.

Com 73 anos preparado para que venha o meu fim da vida, sem medos e tortura psicologica de qualquer dogma.

O deus criador não esqueceu por acaso a criação conjunta do SH masculino e feminino.

Mas simplesmente porque não é defensor da procriação humana e defensor do amor em familia.

Já os antigos Essénios, 450 anos a.c. viviam em celibato como os actuais padres da Igreja Catolica Apostolica e Romana ( ICAR ).

Depois deus atreveu-se a criar o " mundo" ; mais uma falácia dogmatica pois que o " mundo " não existe.

Depois do paraíso, da terra prometida o " mundo " para abranger o maior numero possível de seres e coisas criadas. Os Egipcios já tinham ensinado que era a terra e o universo.

E parece, face à inexistência e à dificuldade de uma explicação e demonstração plausível, parece que tudo foi parar ao céu e dizem os dogmáticos onde todos vamos parar depois da "morte " para ser julgados e com duas opções: ou o céu ou o inferno.

A teologia mais antiga, depois dos Egiptios terá sido, a dos judeus e consistia numa compilação das interpretações sucessivamente dadas ao sentido das escrituras e tornadas artigos de dogmas.

Era assunto de discussões interminaveis sobre questões tão simples como uma palavra ou de uma forma, donde nasceram diferentes seitas cada uma das quais pretendia e pretende ter o monopólio da verdade, detestando-se uma às outras, com muito amor divino.

Para estas seitas a religião era mais um meio de chegarem aos seus fins do que como objecto de fé sincera.

Como bons SH com uma capacidade inventiva e criadora unica, cada cabeça poderia criar a sua própria crença , que alguns mais ou menos preguiçosos aderiam formando as tais  seitas, embora fosse a mesma a origem das crenças, as divergências tambem eram muitas e desde sempre houve aqueles que discordava. Eram os protestantes desse tempo, como ainda hoje.

As grandes ideias jamais irronpem de subito e teem que ser amadurecidas até chegar a ser doutrina. Assim dizem, que a ideia cristã nasceu muito antes de Jesus da Nazaré e que foi apresentada já por Platão e Socrates e algumas escolas orientais, que quando conveniente ao cristianismo não interessa se a opinião é emitida por um pagão.

Estes filosofos e pelos vistos tambem profetas adnitiam a imortalidade da alma , que o espiritismo, superlativo dogma, logo aprioveitou para apresentar a sua doutrina espirita, em que os espiritos povoam o espaço , já não o céu , pelo menos tão liminarmente.

A alma, dizem, será imaterial e como tal não acompanha o corpo, que é matéria e a alma espirito.

Após a "morte" do corpo a alma vai para um " mundo invisivel " e imaterial, como convem, distinguindo-se entre almas puras e almas maculadas de impurezas materiais e que incluso podem continuar a atormentar o SH em que encarnam.

Uma doutrina idealista do mais brilhante que o SH pode produzir e criar. SH, esse sim o verdadeiro e unico criador de todas as ideias.

A morte para o espiritismo não é a dissolução completa do SH, que pode despertar na outra vida.

A alma não depurada conserva as ideias, as tendências, o caracter e as paixões, que teve na terr, porque a terra é apenas e só um local de provação para o SH por vontade do deus monoteísta.

A morte não é nem uma interrupção, nem a cessação da vida, mas uma transformação.

Quando convem aceita-se  os desígnios da natureza e a sua beleza e o amor que esta por toda a parte na Natureza, existindo antes de qualquer criação divina.

O cristianismo procurou criar algumas verdades novas, captadas de outros e vividas por outros, sabendo que as verdades novas não se podem formar sem luta, pelo menos de ideias e sem fazer martires.

O deus unico e fé num unico deus; não era admitido qualquer outra pelos fanáticos religiosos da ICAR.

Conseguida a aliança politico-religiosa havia que disseminar junto dos considerados pagão a ideia monoteista e da seita religiosa do cristianismo.

Pessoas de bem que professavam a religião dos seus antepassados, ideia que os judeus ainda hoje defendem, tinham que abjurar ou ir para a fogueira, sendo que a lei mosaica era considerada invariável, lei essa que considerava os dez mandamentos, que todos procuram não cumprir e que para os " homens " não as desrespeitassem tanto só a ideia de um deus terrível podia impressionar criaturas ignorantes, que eram todos os SH ao fim e ao cabo.

Um superlativo dogma baseia-se no espiritismo, ciência nova, que vem revelar, mais uma vez aos ignorantes e néscios " homens " a existência e a natureza do mundo espiritual e as suas relações com o mundo corpóreo.

O espiritismo será a terceira revelação da lei de deus, cujo ensino dados pelos espiritos, com uma multidão interminavel de intermediarios. Um corpo formado pelos inumeros mundos do Universo.

A terra pertence à categoria dos mundos de expiação e provas, razão porque aí vive o " homem" a braços com tantas misérias e atormentados espiritualmente por todos os demónios  e os espiritos maus, mandados para a convivência com os SH para os atemorizarem e provarem.

Daí a religião monoteísta da ICAR viver da tortura psicológicaa dos SH com e sem fé, mas que psicologicamente precisam de acreditar, nem que seja num amuleto.

A terra é um estado de um mundo inferior, com os seus habitantes na condição de raças do estado primitivo, selvagens e barbaros. Os seus habitantes revestem a forma humana tendo como unica lei a força bruta, tudo por vontade de deus.

Para ascenderem a um planeta mais ditoso deus coloca o SH num mundo ingrato para expiarem aí as suas faltas, leia-se pecados, mediante penoso trabalho e miséria da vida de cada SH.

A felicidade não é deste " mundo " e se o SH pretende almejar a felicidade tem de ser provado e sofrer para ser feliz, tudo por vontade de deus.

O deus monoteista, na sua criação ainda não era acessorado pela ciência, senão, ao criar o " homem " os cientistas ter-lhe-iam dito

que o " homem " supostamente SH, só podia ser criado com um ADN produzido através de uma fecundação sexual e natural ou através de uma fecundação in vitro.

MAR 2020

JC