INVOLUÇÃO HUMANA
O culto foi abandonado com o fim das procissões no templo, das grandes assembleias liturgicas, dos sacrificios, das bençãos e oraculos sacerdotais, hoje confissão.
Para os religiosos ou donos da religião, os pagãos, os infieis, os gentios precisavam de ser instruídos na fé e na edificação espiritual, mesmo que as elites as não possuissem.
Às elites saqueadoras e doutorais, afundadas em privilégios, nada interessava o Homem e os seus problemas vivenciais.
Ajoelha-te, sê obediente e te darei algum consolo espiritual, que não material. Um velho agricultor afirmava muitas vezes: primeiro nós, segundo nós, terceiro vós, se a nós não nos fizer falta.
Levei algum tempo a entender este aforismo, que a maior parte das instituições religiosas pratica.
Por isso o sabado como dia de descanso, foi " dado a " israel" ??!! ( vulgo judeus ) e não aos outros povos.
Mais um privilégio de uma minoria.
Não foi dado, o sabado, aos que servem os idolos e aos incircuncisos, numa identificação/separação entre o suposto povo eleito e os demais Humanos ou povos - gentios, barbaros, infieis, pagãos, que não faziam parte do povo eleito. A grande maioria.
Assim, as invenções e actualizações vão acontecendo: o êxodo, saída do egipto é considerada uma nova criação. A original, em que Abraão sacrifica o seu filho primogénito, tinha caducado.
Foi preciso essa tortura psicológica do sacrificio mortal do filho para que houvesse uma nova criação.
Como não se compreende, que à volta da sinagoga vivem-se os pobres e os sem abrigo, que continuam existir até hoje e que as elites religiosas e aristocraticas olham com desdem.
Desde tempos imemoriais que existia um sentimento religioso familiar ou doméstico.
Quase todos os lares ( expressão romana ) tinham o seu altar e o seu deus em que acreditavam, suplicavam e temiam, entre muitos a que os povos antigos prestavam reverência. "Ai meu deus".
Nos lares e nas familias existia uma liturgia familiar propria.
Que as elites religiosas e monoteístas foram abafando e se apropiando para seu benefício.
E o pai de familia já nesses tempos ancestrais proferia uma oração sobre o pão e o vinho.
Donde parece que a " famosa" ultima ceia foi copiada. Apenas mais uma cópia.
São conhecidos os primeiros judeo-cristãos das primeiras gerações tanto na tradição palestinense, como na de Babilónia. A proscrita Babilonia.
A tradição judaica não é a mais antiga mas vai entrar em guerra com os cristãos ou cristianismo.
E a vivência, antes menos notada, passou a ser descarada, verificando-se e adoptando-se um dualismo em quase todos os aspectos da vida: benção/maldição, castigo/ recompensa, santidade/pecado, inclinação do homem a boa e a má, vindo a culminar na unicidade de um deus em oposição a todos os deuses de todos os gentios.
Existiu ou existe, uma relação de continuidade e complementaridade entre a liturgia e autonomia judaica e o cristianismo. Diferenças não essenciais para enganar o zé pagode.
As novas religiões ou cultos, monoteistas, são uma adaptação e cópias de costumes pagãos ancestrais e que todos os povos ou seitas ou clãs ou tribos possuíam.
Em Babilonia, os judeus exilados assistiam à festa da entronização do deus mardock tendo-a depois adaptado ao seu próprio culto.
Os gentios ignorantes, que adoravam os seus deuses babilonicos foram proscritos.
Tenho vergonha de me terem baptizado, sem ser ouvido e me considerem cristão ou melhor - católico apostolico e romano.
JC
28/02/2016
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