CONCEPTUALIZAÇÃO VEÍCULO DE DOMINAÇÃO
As correntes de opinião, que tornam o conceptualismo ou conceptismo como fantasias aceites e indiscutiveis são formas de dominação, usadas para fazer crer, que as coisas são assim e não podem ser de outra maneira.
No entanto, todo o conceptualismo, por mais refinado e fantasioso que seja, cai pela base, se colocar o Ser Humano (SH) como centro das suas concepções ou conceitos.
Perdida a pratica, boa pratica, da dialéctica, as elites dominantes criaram uma serie interminavel de conceitos ou concepções, sem justificação e sem sentido pratico, embora, teoricamente tudo seja possível e sem discussão.
Por conveniência das elites dominantes, a dialectica, como sendo a arte de argumentar ou pôr questões ou argumentar duvidas, foi posta de parte.
Já nada há a discutir; já esta tudo inventado e não vale a pena pensar nisto ou naquilo ou tão pouco levantar duvidas, porque são as coisas assim e não poderão ser de outra maneira.
Ao poder, ocupado pelas elites dominantes, não interessa ouvir objecções ou permitir discussões, que podem levantar duvidas na acção pacifica, sobretudo de quem é dominado.
Claro que antes da Revolução Industrial, tambem havia elites e tambem havia dialectica.
Antes as elites eram aceites como governantes ou como grandes proprietarios e a dialectica fazia parte do dia a dia como forma de se atingirem conceitos desconhecidos ou colocar duvidas sobre se aquela conceptualização ou opinião do mestre não poderia ter outra abordagem teorico/pratica. E avançavam.
Esta exacerbada conceptualização tem um alvo predeterminado muito bem defenido, que é o SH e o não reconhecimento da sua grandeza e existência incomparavel. Não lhe dando importância é mais facil a sua dominação.
Tambem não interessa, que o SH se postule como ente superior a qualquer outro e sem qualquer semelhança com qualquer outro ser vivo.
Prova flagrante desta leitura é que na maior parte dos escritos, raramente é referida a existência do SH como actor principal de toda a progressão da Humanidade.
Tanto assim, que uma afirmação ou escrito, se tornou numa conceptualição filosofica, aceite como tal, mas com muitas duvidas se o seria, teve a ousadia de afirmar o que se tornou um dado aduirido como conceitos indiscutiveis.
O famoso dito e frequentemente citado, embora não discutido foi : SER OU NÃO SER EIS A QUESTÃO.
Aparentemente será uma afirmação e uma negação ou não ser, sendo uma contradição latente se se refere a uma qualquer existência:SER.
E o não ser é uma negação do existir. Se é, não pode não ser.
Esta afirmação visa a negação do SH. Não vale nada, não tem valor.
Toda esta conceptualização cai pela base e se esvazia, se lhe colocar uma referência ao SH.
Em vez do ser-vazio de sentido, incognito, abstracto, colocar o SH É.
E tudo o resto fica sem sentido, isto é, não ser outra das maneiras subtis de denegrir a grandeza do SH e ter um discurso ambiguo não referindo directamente o SH, mas dirigindo-se-lhe, como se o fosse, sem que queiram que o seja.
Assim, em vez de dizerem no discurso SH falam de individuo ou individuos, que duvido se queira referir a uma pessoa ou tenha esse significado.
Uma das que mais me ofende é a consideração de que o SH é um animal como todos os outros animais.
Nada mais humilhante para o SH. O SH é o SH e o animal ou outros animais são os animais.
Recuso o classificativo de animal. Sou um SH. O meu gato é um animal. E como me entende.
Outra das conceptualizações mais dominadoras do SH é o conceito de " mundo ", que não existe.. E este conceito abstracto de " mundo "abarca quase tudo embora não tenha qualquer referência concreta.
De tal modo é estranha a sua conceptualização, que as religiões da criação dizem que" deus criou o mundo".
Logo, se o mundo não existe, logo, deus criou um nada, logo, deus tambem é um nada. É um silogismo facil de chegar à conclusão.
Mas dá muito jeito ao discurso politico e religioso fazerem referências constantes ao "mundo" e ao " novo mundo ". Não os consigo encontrar em parte nehuma.
Outra das conceptualizações ou conceptismo, que mais oprimem o SH e até o torturam psicologicamente é o conceito de " céu ". Claro que o ceu não existe.
É uma criação espirita para dominação da religião e prolongamento da sua dominação e tortura psicologica. Céu e inferno podem arrumar-se na mesma gaveta pois nenhum destes conceitos tem existência objectiva, mas apenas espirita.
Algumas das reflexões, que me inquietam e me espantam ou talvez não, da maneira como as elites, para dominarem, dominando, escavam poços fundos onde arrumam as conceptualizações mais humilhantes e quando, de tempos a tempos, vão ao fundo do poço buscar um velho conceito, caído em desuso, mas que de repente reaparece como sendo, qualquer coisa de novo: " novo mundo ", "nova politica", "nova doutrina ", " nova vida ", etc, etc, etc.
Não sei para onde vou, mas sei, seguro, que não vou por aí.
08/12/2016
JC
João: «Por conveniência das elites dominantes, a dialéctica, como sendo a arte de argumentar ou pôr questões ou argumentar duvidas, foi posta de parte.
ResponderEliminarJá nada há a discutir; já esta tudo inventado e não vale a pena pensar nisto ou naquilo ou tão pouco levantar duvidas, porque são as coisas assim e não poderão ser de outra maneira.
Ao poder, ocupado pelas elites dominantes, não interessa ouvir objecções ou permitir discussões, que podem levantar duvidas na acção pacifica, sobretudo de quem é dominado.»
Isto tem sido assim porque o Poder domina a Opinião através das suas televisões, dos seus jornais, etc.
Simplesmente, as redes sociais, onde todos os cidadãos podem falar directamente uns com os outros, está a fazer desmoronar esse "castelo de propaganda".
A verdade é que há cada vez menos telespectadores e cada vez menos gente a comprar jornais...